Blinken volta ao Oriente Médio ainda sob sombra de invasão iminente de Rafah

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, viaja nesta segunda-feira (29) para três países do Oriente Médio: Arábia Saudita, Jordânia e Israel. Sua agenda inclui encontros com líderes árabes e participação em evento do Fórum Econômico Mundial, e os assuntos a tratar são muito semelhantes aos da visita anterior, também iniciada em Riad.

Esta é a sétima viagem do secretário de Estado americano à região desde que o Hamas atacou o território israelense no 7 de Outubro e deu início à guerra em curso. Blinken participa ainda de uma reunião do Conselho de Cooperação do Golfo, aliança de países da região que inclui Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Qatar, Omã e Emirados Árabes Unidos.

O presidente Joe Biden conversou com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, neste domingo (28). Segundo comunicado da Casa Branca, o americano "reafirmou o seu firme compromisso com a segurança de Israel após a defesa bem-sucedida contra o ataque sem precedentes de mísseis e drones do Irã".

Os dois líderes também falaram sobre as negociações para a libertação de reféns, "juntamente com um cessar-fogo imediato em Gaza"; sobre entrega de assistência humanitária, que Biden defendeu que ocorra "em plena coordenação com as organizações humanitárias", e sobre Rafah, talvez o ponto mais sensível da conversa.

A cidade no sul da Faixa de Gaza é o último grande centro urbano livre de uma operação terrestre, mas alvo até aqui de ataques aéreos e lar temporário de centenas de milhares de civis deslocados pelo conflito.

A nota da Casa Branca diz apenas que "o presidente reiterou sua posição clara". O conselho público de Washington a Tel Aviv é que não invada Rafah sem um plano plausível para retirar esses civis e garantir a segurança dos mais de um milhão de palestinos na cidade que faz fronteira com o Egito.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou neste domingo que apenas os EUA poderiam impedir Israel de agir. "Nós solicitamos aos EUA que peçam a Israel para não seguir com o ataque a Rafah. Os EUA são o único país capaz de prevenir Israel de cometer este crime", afirmou Abbas, dizendo que a ofensiva iminente seria a "maior catástrofe da história do povo palestino".

A conversa de Biden e Netanyahu por telefone, portanto, serve de prefácio para a viagem de Blinken. Segundo o Departamento de Estado americano, o diplomata tenta ainda em sua viagem a Riad fazer avançar um plano mais amplo de estratégia, com foco no fim das hostilidades em Gaza, no compromisso para o estabelecimento de um Estado palestino, na normalização de relações entre Arábia Saudita e Israel, e no desenvolvimento de uma aliança de defesa regional que inclua sauditas, israelenses e parceiros árabes para fazer frente ao Irã.

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