Deverá ser o maior desastre do nosso estado, diz Eduardo Leite sobre chuvas no RS

O governador Eduardo Leite alertou nesta quarta-feira (1º) que a situação grave das chuvas no Rio Grande do Sul deve piorar até o fim da semana. Dez pessoas já morreram e 21 estão desaparecidas desde o início dos temporais, na segunda-feira (29).

Em transmissão online junto a representantes da Defesa Civil e da Sala de Situação do governo estadual, Leite declarou que muitos municípios que foram afetados por grandes enchentes em novembro do ano passado passarão por situações semelhantes ou até maiores. "Estamos atravessando o que deverá ser o maior desastre do nosso estado."

Até a noite de quarta-feira, 114 municípios registraram danos, 3.416 pessoas estão desalojadas e 1.072 estão em abrigos. São aproximadamente 169 mil pontos sem energia elétrica, e mais de 440 mil sem abastecimento de água.

Os maiores alertas são para as regiões dos rios Jacuí, Taquari, Pardo e Caí, com riscos também para as bacias dos rios Gravataí e dos Sinos. A expectativa é que a água chegue até Porto Alegre entre quinta e sexta, causando transtornos na capital.

De acordo com Leite, a duração e a permanência do evento climático em curso faz com que haja muita dificuldade em fazer as operações de resgate. As condições meteorológicas impedem inclusive a chegada do apoio aéreo. "Dois helicópteros do Exército Brasileiro pararam em Santa Catarina sem conseguir acessar o Rio Grande do Sul."

Reconhecendo a dificuldade em operacionalizar os resgates por conta da demanda, Leite insistiu que os moradores de áreas mais vulneráveis deixem suas casas, e disse que o estado está mapeando rotas alternativas e seguras para que as pessoas possam sair das localidades afetadas.

Além do auxílio federal, Leite pediu ao governo a participação e liderança das Forças Armadas nas operações.

"É uma situação de guerra para esses municípios com muita dificuldade de acessar, dificuldades com deslizamentos, com estradas rompidas, com problemas climáticos que exigem especial capacitação, treinamento e equipamentos robustos para fazer salvamentos", disse.

O presidente Lula (PT) deve ir ao estado nesta quinta-feira.

Até a tarde de terça, havia 66 pontos com bloqueio total e 11 parciais nas estradas gaúchas.

Há também o alerta para risco real de rompimento da barragem 14 de Julho, que afetaria as cidades de Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Tereza, Muçum e outras ao longo do rio Taquari.

O governador solicitou o mapeamento das manchas de inundação para a empresa responsável pela administração. "Essas barragens têm planos para situações como essa, que já estão em curso a algum tempo, avisando a Defesa Civil e autoridades locais".

O governo também suspendeu as aulas de toda a rede estadual de ensino nesta quinta (2) e sexta (3).

Na região central do estado, Sinimbu e Candelária enfrentaram enxurradas que atingiram tetos de residências, bloquearam acessos e isolaram as cidades. Oito pessoas estão desaparecidas em Candelária, e há uma dificuldade de chegar ao local.

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