País dobra frota de aviões agrícolas em 13 anos

O forte crescimento da produtividade e das lavouras de grãos no Centro-Oeste, o desenvolvimento do Matopiba e a distribuição das atividades agrícolas em estados até então pouco tradicionais no setor fizeram a aviação agrícola dobrar de tamanho no Brasil em apenas 13 anos.

A frota brasileira em 2010 era de 1.300 aeronaves, e o setor fechou o ano passado com 2.600 aviões, segundo o Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola). O destaque é o Ipanema, da Embraer, movido a etanol há 20 anos.

Só em 2023 entraram no mercado 149 aeronaves, superando os anos anteriores, que oscilavam entre 90 e 100 novos aviões no agro.

"Há uma expectativa de que em 2024 a gente passe desses 149. No mínimo vai ser igual, e isso representa, basicamente, que de 30% a 35% de todos os aviões agrícolas fabricados no mundo estão vindo para o Brasil", disse Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindag.

Ela classifica o momento atual como o melhor da história da aviação agrícola no país, iniciada em 1947. O primeiro voo foi em 19 de agosto daquele ano em Pelotas (RS), para combater nuvens de gafanhotos. A data ficou marcada como Dia Nacional da Aviação Agrícola.

"Você tem hoje muito mais procura do que o mercado consegue atender. Fabricantes estão com fila de espera para 2026. Tanto os estrangeiros, que são dois, quanto o nacional, que é a Embraer. O pessoal briga para entrar na fila para comprar o Ipanema", disse.

Mais da metade dessa frota é do modelo Ipanema, segundo o Sindag. Como desde 2004 ele sai de fábrica movido a etanol, a entidade afirma que cerca de um terço da frota do país é hoje movida a biocombustível.

No ano passado, a Embraer entregou 65 aeronaves Ipanema, 18% mais que no ano anterior. Em dezembro, a fabricante brasileira atingiu a marca de 1.600 aviões do modelo entregues em cinco décadas de produção.

A previsão da empresa, feita em janeiro, é a de que sejam entregues 70 aeronaves em 2024. "É uma aeronave que nunca deixou de evoluir, ainda é a principal do mercado", disse Colle.

Para ele, o crescimento está diretamente ligado à necessidade dos produtores rurais em larga escala nas fronteiras agrícolas desbravadas nas últimas décadas.

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