Temporais e enchentes levam caos à agropecuária gaúcha

A agricultura do Rio Grande do Sul parecia passar ilesa neste ano da crise climática, mas os temporais e enchentes destes últimos dias colocam em risco boa parte do que ainda não foi colhido.

"O quadro é de dor e vamos ficar na angústia para dimensionar essa situação. É um cenário nunca visto antes no estado."

Assim Rogério Kerber, presidente do Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal) e diretor-executivo do Sips (Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos), ambos do Rio Grande do Sul, descreve os efeitos dessa catástrofe que ocorre no estado.

A agropecuária está totalmente comprometida em várias regiões. As áreas de grãos ainda não colhidas vão apresentar perdas, os animais não saem das propriedades para o abate, a coleta de leite fica comprometida e a ração não chega para alimentá-los.

"Nunca se viveu ou se tem notícia de uma situação tão dramática na falta de mobilidade", diz Kerber.

Os vídeos que circulam pela internet apontam a extensão do problema. Lavouras afetadas, gado boiando rio abaixo, sistema de tráfego interrompido e locais sem comunicação.

Para Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), entidade ligada aos setores de suinocultura e de avicultura, ainda não há levantamentos, mas as perdas podem se agravar ainda mais, uma vez que as chuvas continuam.

Segundo ele, algumas situações são irreversíveis, como as de granjas especializadas na produção de ovos. As galinhas continuam botando, mas não há como escoar o produto. Se a situação persistir, a ração não vai chegar às granjas.

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