Justiça de SP determina prisão preventiva de motorista do Porsche

A Justiça de São Paulo determinou nesta sexta-feira (3) a prisão preventiva, sem prazo, do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, réu por homicídio doloso e lesão corporal após bater com seu Porsche no Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, 52, em 31 de março. Cabe recurso.

A lesão corporal é referente ao fato de que o acidente deixou o amigo de Fernando, Marcus Vinicius Rocha, 22, gravemente ferido. Ele foi submetido a cirurgia para retirada do baço, teve complicações e ficou na UTI por dez dias.

Fernando Sastre não havia sido preso até a publicação deste texto. Sua defesa, que pretende recorrer, disse que a decisão da Justiça será cumprida, apesar de considerar desproporcional. Questionada, entretanto, não informou quando nem como o empresário se apresentará à Justiça.

"A defesa de Fernando Sastre de Andrade Filho recebeu com serenidade a decisão liminar do Tribunal de Justiça, que decretou a prisão preventiva, e irá cumpri-la", disse nota assinada pelos advogados Jonas Marzagão, Elizeu Soares de Camargo Neto e João Victor Maciel Gonçalves.

"Sem prejuízo, recorrerá dessa decisão, pois entende que as oito medidas cautelares anteriormente impostas eram mais que suficientes, sendo desproporcional a prisão preventiva", completa o texto.

A 💥️Folha questionou a Secretaria da Segurança Pública sobre como será a prisão, mas não teve resposta até a publicação deste texto.

Antes dessa decisão, a Promotoria de São Paulo havia entrado com três pedidos de prisão preventiva de Fernando. A Justiça, porém, havia negado as três.

No início da semana, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, negou o terceiro pedido de prisão preventiva. Ele argumentou que as motivações da Promotoria não têm "vínculo com a realidade dos autos e buscam suas justificativas em presunções e temores abstratos".

Nesta quinta (2), a promotora do caso, Monique Ratton, solicitou novamente a prisão. Ela alegou que, além de o caso preencher requisitos autorizados para a prisão preventiva, o empresário influenciou o depoimento da sua namorada, que apresentou às autoridades policiais informações idênticas às dadas pela mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade.

A promotora afirmou também que Fernando possui outros dois boletins de ocorrência que constam envolvimento em acidentes com outros automóveis. Em um deles, é registrado que o empresário atingiu dois motociclistas com seu veículo.

Na denúncia encaminhada, o Ministério Público considera que Fernando ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir no dia do acidente.

"A namorada e um casal de amigos tentaram demovê-lo da intenção de dirigir, mas o condutor ainda assim optou por assumir o risco", diz a Promotoria, que também citou a velocidade do carro, de 156 km/h na hora do acidente, de acordo com a perícia.

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