Quem convida paga, a gente continua trabalhando, diz Gilmar; Toffoli falta a evento na Espanha

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse nesta sexta-feira (3) em Madri, na Espanha, que quem convida costuma pagar as viagens para eventos e que, apesar da presença de integrantes do tribunal pela segunda semana seguida na Europa, os magistrados seguem trabalhando.

"Posso falar por mim. Não recebo cachês, e as viagens normalmente são pagas por quem convida. A gente faz isso e continua trabalhando. Ontem mesmo eu participei da sessão [do STF] a distância", afirmou à 💥️Folha.

Gilmar participou (e está listado como um dos coordenadores) do Fórum Transformações – Revolução Digital e Democracia, que acontece na Casa de América e que contaria ainda com a presença de Dias Toffoli, também ministro do Supremo.

Toffoli, no entanto, faltou ao debate do qual participaria pela manhã, sobre Inovações Regulatórias no Mundo Digital. Em vez disso, enviou uma mensagem pré-gravada de nove minutos que foi exibida no auditório. No vídeo, ele agradeceu aos organizadores e discorreu sobre inteligência artificial, sem explicitar a razão de sua ausência.

Um minuto após responder ao questionamento sobre as viagens, Gilmar chamou a reportagem da 💥️Folha e deu nova declaração: "Vi aqui que o está fazendo eventos em São Paulo e chamando pessoas. Isso é irregular? Não, não deve ser...", afirmou.

O é uma empresa em que o Grupo Folha possui participação indireta e minoritária.

Em seguida, Gilmar voltou a procurar a reportagem para falar sobre a desoneração da folha de pagamentos.

O ministro Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei, a pedido do governo Lula (PT), e já há 5 ministros entre os 11 do STF a favor da medida. O ministro Luiz Fux pediu vista (mais tempo para análise).

"A maior causa que tem no Supremo hoje é a causa da desoneração, cujo carro-chefe é a imprensa. São R$ 15 bi. E os maiores beneficiários são as organizações de imprensa", afirmou Gilmar.

O repórter comentou que o setor de comunicação (no qual se insere o Grupo Folha, que edita a 💥️Folha) é um dos 17 da economia beneficiados pela desoneração. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

O ministro do STF respondeu: "Não. É ‘o’ setor mais 16, segundo se diz na Câmara". "Bom, então, quando vocês forem fazer... Só essa causa tem R$ 15 bi", completou.

Mais tarde, Gilmar voltou a comentar sobre o fórum em Madrid. "Esse é um evento relevante, sobre democracia digital. A própria Espanha vive uma crise nesse momento", disse, referindo-se ao fato de o primeiro-ministro Pedro Sánchez ter ameaçado sair do cargo após vídeos da ultradireita no YouTube terem servido de base para que sua mulher fosse investigada por tráfico de influência.

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