Emendas, leis e boiadas do seu político querido matam gente em desastres naturais

O governo tem um "Atlas Digital de Desastres", com números de mortes e prejuízos por desastres chamados de "naturais", similares e conexos, de 1991 a 2022.

O pior ano teria sido 2011, quando 957 pessoas perderam a vida, 955 delas por causa de "chuvas intensas", com 553 mil desabrigados e desalojados. A maioria morreu em Nova Friburgo (420), Teresópolis (355) e Petrópolis (71), na serra do Rio de Janeiro. Em 2022, foram-se 397 pessoas, 395 por "chuvas intensas".

Entendidos acham que os dados são subestimados, bidu. A subestimação maior, porém, deve ocorrer porque morre muito mais gente pelo efeito difuso da combinação de ruína climática com a incompetência e a crueldade nacionais.

Em 2022, o Banco Mundial publicou uma "Brazil Infrastructure Assessment" ("Avaliação da Infraestrutura do Brazil"). Apenas nerds de políticas públicas leem essas coisas, se tanto, mas até em relatório de infraestrutura a gente vê a desgraça do país escorrendo pelas linhas.

A partir de 2018, a emissão de gases estufa no Brasil voltou a crescer por causa de desmatamento e uso desordenado da terra em geral. Em 2023, a emissão de gases devida ao desmatamento era 70% maior do que em 2010 (dado pescado em outro estudo, da OCDE).

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"A mudança do uso da terra, em especial em ecossistemas frágeis, indica que o resultado da exploração de recursos não-renováveis tem sido mal utilizado. Em vez de passar por um aumento de produtividade em vários setores de ‘renováveis’, o Brasil parece ficar para trás em relação a países antes menos produtivos. Além do mais, a fim de continuar a crescer, o Brasil adota comportamentos cada vez mais insustentáveis, como a conversão de ecossistemas frágeis em terras produtivas e a ocupação de terras marginais e inseguras. Em última instância, isso drena recursos fiscais escassos, degrada o capital natural e deteriora o capital social", lê-se no estudo do Banco Mundial.

"Desastres como enchentes, deslizamentos de terra e incêndios florestais afetam a infraestrutura (estradas, pontes, barragens) e diminuem ainda mais a produtividade. A mudança climática agrava esses desastres, mas, ironicamente, esse tipo de estratégia de crescimento (o uso desordenado da terra) também contribui para a mudança do clima por meio do aumento da emissão de gases de efeito estufa".

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