UE pressiona Xi a usar influência sobre Rússia para encerrar Guerra da Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pressionou a China a reduzir o apoio do país à Rússia em meio à Guerra da Ucrânia, em fala feita após reunião entre ela, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o líder chinês, Xi Jinping, em Paris, nesta segunda-feira (6).

Von der Leyen afirmou que Pequim deveria "usar toda a sua influência sobre a Rússia para pôr fim à guerra de agressão dela contra a Ucrânia".

"É necessário mais esforço para conter a entrega de bens de uso duplo para a Rússia que chegam ao campo de batalha. E dada a natureza existencial das ameaças decorrentes desta guerra tanto para a Ucrânia quanto para a Europa, isso afeta as relações entre União Europeia e China", disse a líder europeia.

O recado faz referência à amizade "sem limites" anunciada por Pequim e Moscou poucas semanas antes da invasão russa na Ucrânia. O resultado prático desses laços estreitados nos anos de guerra tem sido o apoio chinês com recursos essenciais não apenas para a economia russa como para o esforço de guerra, com microchips, peças de armamentos e outros materiais de uso tanto civil como militar.

Von der Leyen afirmou ainda que Xi desempenhou "um papel importante na desescalada das ameaças nucleares irresponsáveis da Rússia".

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O presidente russo, Vladimir Putin, determinou nesta segunda um exercício de ataque com armas nucleares táticas em resposta à sugestão de governos ocidentais, principalmente o da França de Macron, de enviar soldados para ajudar Kiev a resistir à invasão russa. O Kremlin também ameaçou atacar o Reino Unido após o chanceler britânico, David Cameron, dizer que os ucranianos poderiam usar as armas fornecidas por Londres como quisessem.

Xi chegou a Paris no domingo (5) para sua primeira viagem europeia desde 2023, quando a pandemia de Covid-19 isolou o país asiático durante quase três anos. Xi e sua esposa, Peng Liyuan, foram recebidos pelo primeiro-ministro francês, Gabriel Attal.

"Esperamos que a paz e a estabilidade retornem rapidamente à Europa e pretendemos trabalhar com a França e com toda a comunidade internacional para encontrar boas formas de resolver a crise [na Ucrânia]", disse o dirigente chinês ao jornal Le Figaro.

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