Israel nega ter feito acordo com Hamas, e cessar-fogo afunda mais uma vez

O governo de Israel negou nesta segunda-feira (6) ter feito um acordo com o Hamas para uma nova trégua na guerra que devasta a Faixa de Gaza. Horas antes, a facção terrorista havia dito que aceitava os termos de uma proposta e que o cessar-fogo só dependia de Tel Aviv.

As negociações para o cessar-fogo eram mediadas por autoridades de Qatar, Egito e Estados Unidos. Caso fosse implementada, a trégua seria a primeira desde a pausa de uma semana nos combates que ocorreu em novembro. Desde então, acumulam-se tentativas fracassadas para interromper novamente o conflito, libertar outros reféns e permitir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.

A proposta que havia sido aceita pelo Hamas, no entanto, não atende às principais demandas de Israel, informou o gabinete de guerra em comunicado. As autoridades, no sentido contrário, teriam decidido avançar com os planos para invadir Rafah, cidade no sul de Gaza hoje superlotada de pessoas forçadas a se deslocar na guerra —segundo estimativas, metade dos 2,3 milhões de habitantes locais estão na região.

Os objetivos da ofensiva, segundo o gabinete de guerra, são "aplicar pressão militar" sobre a facção e "fazer progressos na libertação de reféns". Horas antes os militares de Israel ordenaram o esvaziamento de uma área de Rafah. Ataques aéreos descritos como intensos também foram registrados no leste da cidade, em mais um indicativo de que a invasão terrestre está prestes a ocorrer.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, vem fazendo promessas reiteradas de invadir Rafah a despeito do temor manifestado por líderes globais de que a ação iria aprofundar a crise humanitária na região. Segundo o premiê, a ação é necessária para eliminar os últimos redutos do Hamas em Gaza.

"Chamadas para se mudar temporariamente à área humanitária serão transmitidas por meio de panfletos, SMS, telefonemas e transmissões na mídia em árabe. O Exército continuará perseguindo o Hamas em toda a Faixa de Gaza até que todos os reféns que eles mantêm em cativeiro voltem para casa", diz comunicado do Exército de Israel.

Nas redes sociais, o Exército afirmou que expandiu uma área humanitária em al-Mawasi, cidade costeira a cerca de dez quilômetros de Rafah. O plano inicial é remover para lá a população.

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