Filme Clube Zero falha em provocações de mau gosto e estilo asséptico

"Clube Zero" começa da mesma forma que outros filmes de Jessica Hausner. Pessoas uniformizadas dentro de um ambiente asséptico, impessoal, enquadrado como numa foto de imobiliária.

Jovens de um colégio de elite conversam com uma instrutora chamada Novak, interpretada por Mia Wasikowska. Em pauta, a alimentação e seus efeitos no corpo e na mente.

Instrutora de uma disciplina chamada "Comer consciente", Novak ensina aos seus poucos alunos a importância de se comer menos. Um dos alunos, Ben, depende de uma boa nota nessa disciplina para conseguir bolsa integral no colégio. Ele ainda ama Elsa, que faz parte da pequena seita.

O filme não está preocupado, nem precisaria, em explicar por que tal disciplina tão minoritária conta para um pedido de bolsa integral, ou mesmo por que Novak tem todo esse poder dentro do colégio. A trama está posta e é com ela seguimos, já antevendo aonde ela vai com o estilo igualmente asséptico da diretora.

A escolha das cores de figurinos e ambientes operam no mesmo mau gosto de seu longa anterior, "Little Joe", de 2023. Mas em "Clube Zero" ela volta a usar e abusar de um recurso extravasado em seu primeiro longa, "Lovely Rita", de 2002: o zoom. Muitas cenas contêm aberturas e fechamentos do zoom, de forma lenta, sempre buscando um efeito artístico.

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