Iranianas invisíveis

"Mulher, Vida, Liberdade". Esse é o nome do movimento que eclodiu no Irã, em setembro de 2022, após a polícia matar Mahsa Amini por não usar o véu islâmico do modo correto.

A resposta dada pelo regime foi analisada pela Missão de Apuração de Fatos do Conselho de Direitos Humanos da ONU, criada em novembro de 2022. Em março deste ano, foi divulgado o relatório aterrador.

As forças de segurança mataram 551 pessoas, das quais pelo menos 49 mulheres e 68 crianças, com padrão doloso (tiros em rostos, cabeças e pescoços de manifestantes).

Além das mortes ilegais, o relatório indica detenções arbitrárias, tortura, violência sexual e desaparecimentos. Conclui que o regime iraniano é responsável por violações dos direitos humanos, com indícios de crimes contra a humanidade.

Também aponta perseguição de gênero, já que o acesso das mulheres a educação, saúde, tribunais ou empregos é condicionado ao uso do véu.

Ao menos sete pessoas foram executadas pelo Estado por associação com o "Mulher, Vida, Liberdade". Neste mês, o rapper iraniano Toomaj Salehi foi condenado à forca.

A presidente da missão da ONU, Sara Hossaina, disse que "a repressão no Irã continua enquanto a atenção do mundo se volta para outro lado".

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