Lula demite Jean Paul Prates da Petrobras; Magda Chambriard deve assumir

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi demitido pelo presidente Lula (PT) da estatal.

Prates telefonou a diversos aliados comunicando a sua demissão. E revelou que Magda Chambriard será a nova presidente da empresa. No governo de Dilma Rousseff (PT), ela ocupou uma diretoria na Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A informação foi confirmada à coluna por uma assessora que atendeu o celular de Prates e disse: "É só isso o que posso falar".

Magda Chabriard é engenheira civil formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pós-graduação em engenharia química, e trabalhou por 22 anos na Petrobras.

Lula já demonstrava insatisfação com o trabalho de Prates havia meses. O primeiro atrito entre eles surgiu quando houve uma discussão sobre a distribuição de lucros da empresa.

Em abril, a coluna revelou que Prates chegou a pedir audiência a Lula para esclarecer sua situação no cargo. O presidente não chegou a recebê-lo, mas ficou descontente com a postura do dirigente da estatal e deixou a situação em banho-maria.

Lula vinha demonstrando incômodo com Prates em ao menos um episódio anterior e mencionado em conversas em março uma potencial troca de Prates por Mercadante.

O presidente teria ficado contrariado com tuítes disparados por Prates na rede social X (antigo Twitter), em meados de março, declarando que a orientação para reter os dividendos extraordinários da Petrobras partiu do governo Lula —o que aumentou a polêmica em torno dos dividendos.

O presidente da Petrobras também entrou em choque com o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Bruno Dantas. Prates cobrou explicações de Dantas sobre matéria que revelou que a área técnica do TCU pediu a suspensão de um contrato firmado pela Petrobras com a empresa de fertilizantes Proquigel Química (Grupo Unigel) por indícios de irregularidades graves.

A assinatura do contrato seria antieconômico, segundo a avaliação, com estimativas de prejuízo de R$ 487,1 milhões no prazo de oito meses.

O presidente da Petrobras disse que os técnicos estavam usando a imprensa para vazar informações e desgastar a sua gestão e diretoria. O tom pesado usado por ele acabou levando Dantas a reclamar com ministros do governo e com o chefe de gabinete do presidente Lula, o Marcola.

Prates chegou a voltar ao X para ironizar sua possível saída do comando da companhia. Ele reproduziu na época uma suposta troca de mensagens de WhatsApp que dizia que ele sairia, sim, da Petrobras, mas para jantar —e estaria de volta no dia seguinte cedo, com a agenda cheia.

Lula chegou a sondar o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, para o lugar.

Contra o nome de Mercadante pesava uma possível reação negativa do mercado —já que ele é visto por investidores como um quadro histórico do petismo e que pode, portanto, ter uma gestão mais intervencionista.

Com a movimentação, também haveria necessidade de se buscar um nome para o BNDES. Nelson Barbosa, um dos diretores da instituição e ex-ministro da Fazenda, foi cotado para comandar o banco.

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