Moraes devolve redes sociais do senador Marcos do Val após quase um ano
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes devolveu as redes sociais do senador Marcos do Val (Podemos-ES) após quase um ano de suspensão.
"Após quase 11 meses, tivemos nossas redes sociais reativadas! Voltamos e conto com essa legião de amigos seguidores para que nossa mensagem alcance o maior número de pessoas possíveis. Estamos juntos mais uma vez!", publicou o senador nesta terça (14), ao retomar suas contas no X (antigo Twitter) e no Instagram.
Do Val disse à 💥️Folha que foi avisado da decisão na sexta (10) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
"Fui comunicado pelo Pacheco na sexta-feira. Porque ele [Pacheco] que fez a solicitação duas vezes. Na primeira ele [Moraes] nem olhou. Pacheco apresentou outra. Aí ele fez a devolução de todas as redes, só que ainda dizendo que, caso eu faça alguma postagem de fake news, ele diretamente vai tirar do ar."
O senador estava com as redes sociais bloqueadas desde junho do ano passado, quando Moraes determinou busca e apreensão na casa dele, no escritório do Espírito Santo e no gabinete parlamentar.
A decisão, que está sob sigilo, é também de sexta. Segundo relatos, Moraes determinou ainda que a Polícia Federal informe os objetos apreendidos na operação. Na ocasião, os agentes recolheram o computador pessoal de Do Val, além de pendrives e celulares.
Do Val se envolveu em uma série de polêmicas com Moraes, mas o motivo do bloqueio e da operação nunca ficou claro, diante do sigilo imposto ao processo.
Em um primeiro momento, o senador disse à revista Veja que o ex-deputado federal Daniel Silveira tramou um plano, junto a Jair Bolsonaro (PL), para gravar o magistrado. Depois, Do Val disse que o ex-presidente apenas ouviu a ideia, sem se comprometer com a gravação.
Após o 8 de janeiro, o senador disse, sem apresentar provas, que Moraes sabia da possibilidade de invasão às sedes dos Poderes. A acusação foi feita inclusive durante a CPI do 8 de janeiro, da qual Do Val era membro antes da operação da PF.
Folha no WhatsApp
No X, a última postagem do senador era de 14 de junho do ano passado. Na publicação, ele compartilhava um vídeo do Portal Uai cujo título era: "Senador quer investigar Alexandre de Moraes nos atos de 8/1".
"Seguindo o que determina a constituição que cabe aos senadores, fiscalizar, afastar e até impeachmar ministros do STF. É notório em todos os meios jurídicos e entre e entre os magistrados, por todo o Brasil, as ações anticonstitucionais do ministro Alexandre de Moraes", dizia.
O ministro do Supremo pôs um freio nos últimos meses na rigidez de decisões que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, como mostrou a 💥️Folha.
Em fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido pela PF por ordem de Moraes na operação Tempus Veritatis, que mirou o ex-presidente, ex-assessores e aliados, incluindo militares de alta patente.
Depois dessa operação, etapa da investigação sobre a tentativa de um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro para Lula (PT) em 2022, não houve medidas mais drásticas contra o ex-presidente.
No TSE, tribunal presidido por Moraes, bolsonaristas também tiveram uma situação, por ora, favorável, com a suspensão do julgamento sobre o senador Jorge Seif (PL-SC), que corria o risco de perder o mandato.
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