Tecnologia do Google erra em apresentação de nova busca turbinada por IA

O Google integrará sua inteligência artificial generativa, o Gemini, à sua plataforma de busca, com objetivo de tornar as pesquisas mais rápidas e organizadas.

Na apresentação desta terça-feira (13), contudo, a nova tecnologia, chamada "AI Overview" (algo como apanhado de IA), deu um conselho que estragaria as fotos de um usuário que perguntou como consertar uma alavanca travada em uma câmera analógica.

O vídeo visava mostrar como as pessoas poderão fazer perguntas mais complexas, com vídeos e imagens, de forma semelhante "a um pensamento humano", segundo o gigante da tecnologia. O modelo tirou uma foto da câmera com defeito e perguntou como consertá-la.

Uma das sugestões da plataforma foi "abrir o compartimento traseiro do aparelho e remover o filme gentilmente", o que pode expor o filme à luz e danificar todos os registros, segundo o site especializado em tecnologia The Verge. A dica foi sublinhada pelo Google na apresentação.

Em material divulgado à imprensa, o Google afirma que sua IA generativa, personalizada para a ferramenta de busca, acelera e simplifica as pesquisas, auxiliando na elaboração das perguntas e no filtro das respostas.

Modelos de inteligência artificial generativa funcionam a partir de modelos de estatísticas preditivas, que deduzem a próxima palavra em um texto, e são incapazes de diferenciar fatos de ficção. As chances da tecnologia errar, segundo o Google, seria diminuída a partir da criação de "agentes de IA", programas que combinam diferentes inteligências artificiais e outras técnicas para executar tarefas específicas, como fazer buscas na internet.

Entidades patronais e sindicais do jornalismo dizem que o uso de IA nas buscas coloca a atividade profissional em risco ao desviar o tráfego dos sites jornalísticos, que se responsabilizam pelo conteúdo que publicam. O Congresso Nacional discute se o buscador e redes sociais devem compensar jornais pela produção de notícias.

Os resultados na plataforma continuarão com uma lista de links de referência que poderão ser consultados pelos usuários, como já funcionava na busca com IA disponível para testadores do Google desde outubro. No fim do ano passado, o Google também passou a entregar respostas geradas por IA na busca para testadores.

A página do buscador, no entanto, dará destaque a uma resposta gerada por IA, representando uma ameaça para portais que dependem dos links para garantir tráfego de usuários em suas páginas.

Segundo o anúncio do Google, os testes com inteligência artificial no buscador, feitos entre outubro e maio, mostram que usuários fazem mais consultas e ficam mais satisfeitos com os resultados nesse modelo. Os resumos como resposta a buscas estarão disponível nos Estados Unidos a partir desta terça-feira (14) e serão lançados em outros países "em breve".

Procurado via assessoria de imprensa pela 💥️Folha, o Google não respondeu às críticas até a publicação desta reportagem.

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