Após recusar oferta bilionária, Anglo American estuda vender parte de seus negócios

A Anglo American planeja se dividir para conquistar acionistas após rejeitar uma oferta da BHP de 34 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 219,6 bilhões).

Nesta terça-feira (14), a Anglo American afirmou que estuda vender ou desmembrar o De Beers, sua operação envolvendo diamantes que tem sede na África do Sul, bem como seus ativos de carvão coque.

O grupo planeja se concentrar nas áreas de cobre, minério de ferro e nutrientes agrícolas. Maior mineradora do mundo, a BHP tem como meta obter os negócios de cobre da Anglo American, cujo crescimento é esperado à medida que o mundo se descarboniza.

O diretor-executivo da Anglo, Duncan Wanblad, tem sido pressionado a definir o futuro da companhia como um grupo independente, após rejeitar duas ofertas preliminares da BHP.

Wanblad traçou sua estratégia horas antes de participar de uma conferência sobre mineração, realizada em Miami (EUA), e que teve a presença também de Mike Henry, diretor-executivo da BHP.

"Essas ações representam as mudanças mais radicais na Anglo American em décadas", avaliou Wanblad.

O diretor da Anglo afirmou que a empresa, fundada há 107 anos na África do Sul, "será extremamente valorizada" até o final de 2025, quando a reestruturação realizada na companhia for concluída.

"Até o ponto em que alguém queira nos comprar naquele momento específico, eles terão de pagar uma quantia enorme por isso", disse.

Horas depois, em Miami, foi a vez de o diretor-executivo da BHP falar sobre o tema. "O que vemos hoje é uma variação da proposta que fizemos, que envolve a separação de um dos ativos, o que acho que é um indicador bastante claro de que é viável", disse.

Saiba mais

As ações da Anglo estavam sendo negociadas em baixa de 3,4%, cotadas a 26,15 libras esterlinas (R$ 168,8) nesta terça-feira. A proposta da BHP chegou a fazer os papéis da Anglo atingirem 27,53 libras. Já as ações da BHP subiram 3%.

O ministro de Mineração da África do Sul, Gwede Mantashe, disse ao Financial Times que prefere o plano de reestruturação da Anglo a uma divisão e aquisição impulsionada pela BHP.

A entidade estatal sul-africana Public Investment Corporation é o segundo maior acionista da Anglo, com uma participação de 8,4%.

"Estou feliz com a recusa da proposta da BHP e espero que a Anglo possa se reestruturar para otimizar o valor para os acionistas", comentou Mantashe.

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