Nióbio brasileiro vira matéria-prima para transição energética
Entre as abundantes riquezas minerais do Brasil —desde minério de ferro e ouro até pedras preciosas e cobre— está um metal de nicho que quase nenhum outro país pode reivindicar produzir em escala: o nióbio.
O principal produtor, a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), explora novas aplicações e acredita que o elemento químico tem um papel fundamental a desempenhar em baterias elétricas, para veículos como ônibus e caminhões.
A CBMM estima que seu complexo de mineração e fabricação em Araxá, no estado de Minas Gerais, é responsável por três quartos do fornecimento global de nióbio.
Por décadas, o principal uso do metal tem sido em ligas metálicas para fortalecer o aço. Pequenas quantidades conferem maior resistência à corrosão e pontos de fusão mais altos.
Encontrado em tudo, desde carrocerias de automóveis até gasodutos e reatores atômicos, o nióbio também é usado em dispositivos de alta tecnologia, como motores a jato e ressonâncias magnéticas hospitalares.
Em meio a uma corrida internacional para garantir matérias-primas consideradas vitais para as tecnologias modernas, há uma crescente atenção aos aspectos estratégicos e geopolíticos do nióbio —especialmente porque a produção está concentrada em apenas alguns lugares.
O metal cinza brilhante é classificado como o segundo mineral "crítico" pelo Serviço Geológico dos EUA, que estima que 90% da produção total vem do Brasil.
"Nosso país pode se posicionar como um fornecedor muito importante de materiais para a transição energética", diz o presidente da CBMM, Ricardo Lima. "A propriedade mais importante que podemos oferecer é o carregamento rápido", explica. "Na indústria de baterias, realmente temos uma grande oportunidade de sermos muito bem-sucedidos."
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