Lucro da Caixa sobe 49%, para R$ 2,9 bilhões, no 1º trimestre

A Caixa Econômica Federal lucrou R$ 2,883 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado é 49% maior do que o apurado no mesmo período de 2023 (R$ 1,934 bilhão) e 0,5% maior do que os últimos três meses do ano passado (R$ 2,869 bilhões).

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), que mede a rentabilidade do banco, foi de 9% no início de 2024, 1,9 ponto percentual maior do que no mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre, o aumento é de 0,55 ponto percentual.

De janeiro a março, a margem financeira do banco somou R$ 15,3 bilhões, um aumento anual de 9,9%. Na comparação trimestral, houve redução de 12,9%. Já a receita com tarifas e prestação de serviços teve alta de 6,9% no ano e queda de 1,2% no trimestre, a R$ 6,6 bilhões.

Os gastos, por sua vez, foram puxados pela alta anual de 14,8% nas despesas administrativas, que totalizaram R$ 11,5 bilhões no trimestre —em relação ao quarto trimestre de 2023, houve leve redução de 0,8%. Segundo a Caixa, o aumento nas despesas se deve ao PDV (Programa de Demissão Voluntária).

As provisões contra créditos duvidosos também tiveram uma alta anual expressiva, de 23,7%, para R$ 1,7 bilhão. Na comparação com o fim de 2023, houve queda de 37,1%.

A provisão contra calote cresceu mais rápido que a carteira de crédito do banco, que finalizou março com saldo de R$ 1,144 trilhão, crescimento de 10,4% sobre o mesmo mês de 2023.

A inadimplência, no entanto, teve queda na comparação anual. O índice de atrasos acima de 90 dias caiu 0,39 ponto percentual para 2,34%. Já em relação a dezembro de 2023, houve aumento de 0,18 ponto percentual.

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A maior alta anual nos empréstimos foi para o agronegócio (20,7%), totalizando R$ 57,8 bilhões no primeiro trimestre.

Já as contratações de crédito imobiliário, carro-chefe da Caixa, cresceram 14,4%, para R$ 754 bilhões, ampliando a participação da estatal no mercado de crédito imobiliário para 67,7%.

No financiamento imobiliário, a modalidade que mais cresceu foi à atrelada ao FGTS, com R$ 35 bilhões de novas contratações no período, crescimento de 74,2%, impulsionada pela utilização do FGTS Futuro por famílias de baixa renda.

Já a contratação na modalidade SBPE diminuiu 23% em relação a 2023, para R$ 16,3 bilhões.

Ao todo, a Caixa financiou 183,2 mil imóveis no primeiro trimestre de 2024.

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