Mulheres negras atuam mais no terceiro setor e têm menos visibilidade

Mulheres negras são maioria no Brasil. No entanto, segundo o Censo Gife 2022-2023, pessoas negras representam apenas 7% dos membros de conselhos deliberativos e gerenciam somente 17% dos recursos movimentados por institutos, fundações e fundos filantrópicos.

Há nisso uma contradição, já que mulheres negras são a principal força de trabalho do cuidado no terceiro setor, segundo pesquisa da Phomenta de 2023. Temos lutado e conquistado mais espaço e visibilidade, porém seguimos ganhando menos que homens brancos e mulheres brancas nesse segmento.

Somos extremamente relevantes para o setor de impacto social, trazendo o olhar e o lugar de fala dos usuários de serviços de OSCs (organizações da sociedade civil) e de institutos. Também trazemos diversidade e a experiência de ter vivido exclusões e subjugamentos durante toda a vida, independentemente do cargo que ocupamos.

Antes de classe e gênero, vem nossa cor. E, dessa experiência única e pessoal, criamos soluções multidimensionais para problemas sociais complexos.

Diante desse cenário, e a partir de um incômodo meu e de Daiany França, nasce o Coletivo Pretas do Impacto. Somo duas gestoras negras, experientes em consultoria de projetos sociais, que muitas vezes nos vimos solitárias, sem encontrar pares em espaços do terceiro setor.

O coletivo nasce com o objetivo de fortalecer a presença e a influência de mulheres negras no terceiro setor e no setor de impacto socioambiental, promovendo equidade de oportunidades e o reconhecimento de suas contribuições.

Teremos como serviços norteadores curadoria para eventos, formação de palestrantes, mentoria entre pares e orientação de carreira.

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