Startup testa ligação cérebro-computador menos invasiva e “escalável&r

A Precision Neuroscience joga no mesmo “campeonato” que a Neuralink, criada por Elon Musk. Deu nas vistas porque testou com sucesso um novo tipo de implante cerebral para ligar o cérebro ao computador, menos invasivo e que abre novas possibilidades. Startup testa ligação cérebro-computador menos invasiva e “escalável”

Teve sucesso, a 💥️primeira experiência em humanos de uma startup que quer fazer o mesmo que a Neuralink de Elon Musk, mas pode conseguir fazê-lo de forma menos invasiva que a concorrente e mais abrangente.

A 💥️Precision Neuroscience, tal como a Neuralink, está a 💥️desenvolver implantes cerebrais para integrar sistemas que consigam ler, interpretar e comunicar instruções de e para o cérebro humano, diretamente a partir de um computador.

💥️Devolver movimentos ou a capacidade de comunicar a quem a perdeu, na sequência de um acidente ou de uma doença, estão entre os grandes objetivos dos interfaces cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), tecnologia em que várias empresas estão a trabalhar.

A Precision é uma delas e recentemente conseguiu 💥️resultados promissores no teste a uma das componentes-chave deste sistema, o implante que tem de ser colocado no cérebro. Criou um dispositivo, ele próprio e o processo de colocação, menos invasivos que o da maior parte dos concorrentes e que pode vir a oferecer a capacidade de interagir, ao mesmo tempo, com zonas mais vastas do cérebro.

💥️Veja as imagens

O dispositivo criado por esta startup americana é 💥️cinco vezes mais fino que um fio de cabelo e é feito de um material idêntico ao celofane, que se adapta à superfície onde é colocado.

A primeira experiência em humanos realizou-se entre abril e maio e foi operada por cirurgiões da Universidade de West Virginia. Para já, o objetivo era 💥️perceber se o dispositivo conseguia ler, gravar e mapear os impulsos elétricos no lobo temporal do cérebro, nos três pacientes envolvidos na experiência.

As experiências foram realizadas durante procedimentos cirúrgicos para remover tumores cerebrais e foram bem-sucedidas. Os 💥️dispositivos revelaram-se capazes de cumprir as tarefas, nos 15 minutos em que “estiveram em funções”.

O próximo passo é 💥️avançar para uma nova fase da experiência: ligar o dispositivo a um interface cérebro-computador e permitir uma comunicação direta entre os dois pontos, que torne possível transmitir e executar comandos, como mover um braço robótico, escrever ou mover um cursor.

O 💥️dispositivo mais usado hoje para este fim é o Utah, feito de silicone e com o tamanho do rosto de Abraham Lincoln numa moeda de cêntimos de dólar, como descreve a Wired, que relata o primeiro teste da Precision em humanos. O Utah 💥️faz uso de 100 agulhas minúsculas, revestidas de metal condutor, e é posicionado no tecido cerebral para registar a atividade dos neurónios mais próximos.

A 💥️colocação deste implante requer uma craniotomia, um procedimento cirúrgico que exige perfurar o crânio para chegar ao cérebro. A 💥️recuperação demora um mês ou mais. Os resultados são promissores, mas a complexidade da cirurgia torna o processo pouco apelativo.

💥️Veja o vídeo

Para além disso, como penetra no tecido cerebral, o 💥️Utah pode causar inflamação e pequenas cicatrizes nas zonas circundantes, que perturbam a qualidade do sinal ao longo do tempo e com isso a eficácia da comunicação.

1.024 eletrodos num dispositivo com um quinto da espessura de um fio de cabelo

O 💥️implante da Precision integra 1.024 eletrodos, 💥️inseridos num pequeno dispositivo, que é colocado com um procedimento pouco invasivo: um pequeno corte na pele e no crânio, para poder fazer deslizar o implante para o córtex. A 💥️remoção também é mais fácil e como o dispositivo não deixa qualquer lesão na zona do implante, a mesma zona pode ser usada para instalar futuros implantes, o que não acontece com o Utah.

Com os seus mais de mil eletrodos, espera-se que o implante da Precision 💥️consiga garantir informação mais precisa que a maior parte das soluções atuais, sobre a atividade cerebral que vai monitorizar.

💥️Outra vantagem desta solução é o facto de ser modular, o que no futuro permitirá ligar diferentes implantes e cobrir uma zona mais extensa do cérebro, para abrir caminho a interações mais complexas.

Mas também há 💥️dúvidas, que as próximas experiências à tecnologia terão de resolver, para confirmar que o modelo da Precision é assim tão promissor. Uma delas será a duração de cada implante no local onde for colocado.

Há uma 💥️degradação normal dos materiais com o passar do tempo, que aumenta à medida que o tamanho do implante vai diminuindo. Pode também haver um risco acrescido de deslocação do implante, que piora a qualidade ou inibe o sinal. Isto porque, como explica Peter Brunner, professor e neurocirurgião da Washington University em St. Louis, a 💥️fixação do dispositivo numa zona mais superficial pode não garantir a mesma adesão.

Nesta primeira fase, e como o nível de risco da experiência para os pacientes era reduzido, não foi necessária autorização prévia do organismo regulador da saúde. 💥️Para fazer testes como BCIs a Precision já vai precisar de uma autorização, que está a tentar obter.

Os próximos testes vão resolver as dúvidas que persistem, mas nos 💥️testes já realizados em pequenos porcos foi possível manter os dispositivos no lugar durante um mês, segundo revelou a empresa.

Numa primeira fase, a 💥️Precision quer usar a tecnologia para apoio ao diagnóstico, em alternativa aos eletrodos que são hoje usados para ajudar a detetar tumores cerebrais e crises epilépticas, mas o objetivo final é desenvolver um interface que ajude pessoas incapacitadas a andar e comunicar.

No mesmo caminho estão várias outras startups, como a 💥️Synchron, que 💥️criou um implante para que pessoas com limitações diversas escrevam mensagens, ou usem a internet apenas com comandos cerebrais. Também aqui não é necessário remover parte do crânio para colocar o implante. O 💥️implante neste caso é inserido no corpo através da veia jugular, no pescoço, e ajustado até ficar adjacente ao cortex motor.

A 💥️Neuralink, que 💥️recebeu recentemente autorização para testar o seu BCI em humanos, recorre a implantes que são colocados no tecido cerebral, mas 💥️está a desenvolver um processo mais simples e menos invasivo para tal, que recorre a um pequeno robot. Ainda não se sabe se nos testes com humanos essa tecnologia já vai ser aplicada.

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