Dois anos de guerra da Ucrânia: Imagens de satélite e drones mostram a destruição cau

Recorde os dois anos da invasão da Rússia à Ucrânia pelas lentes dos satélites, que registam a destruição dos edifícios e casas da população, numa guerra que não tem fim à vista. Dois anos de guerra da Ucrânia: Imagens de satélite e drones mostram a destruição causada pela Rússia Fábrica de tabaco atingida por destroços de drone. Créditos: Nicole Tung for The New York Times

Este sábado, dia 24 de fevereiro, assinalam-se dois anos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início a uma guerra que ainda não tem fim à vista. O certo é que o país invadido parece dar sinais de perder o fôlego das ofensivas russas, que continuam a reivindicar novas conquistas territoriais, sobretudo no leste da Ucrânia. 💥️Nesta quinta-feira, a Rússia anunciou a conquista de Pobeda, uma localidade a cinco quilómetros a oeste de Donetsk.

Para o “aniversário” da guerra, o governo de Volodymyr Zelensky mantém o pedido aos aliados mais armas e munições, que continuam a escassear. 💥️No sul da Ucrânia, uma terra aberta de campos agrícolas, a Rússia preparou as defesas, construindo trincheiras, obstáculos antitanque e barreiras de bunkers com quilómetros de profundidade. As forças ucranianas têm tentado quebrar essas defesas, sem grande sucesso.

Imagens satélite Guerra Ucrânia - 14 março Supermercado destruído em Chernihiv, nos arredores de Kiev, na Ucrânia Créditos: Maxar Technologies.

Com a falta de meios e munições, a Ucrânia continua a utilizar drones, sejam para destruir alvos específicos, como os veículos blindados da Rússia, como lançar granadas nas posições do exército russo, diminuindo a moral dos soldados escondidos nas trincheiras. Como destaca a agência Aljazeera, a Ucrânia tem planos para a produção em série de drones. 💥️Estes aparelhos têm uma capacidade para se deslocar e atingir alvos até 1.000 quilómetros, teoricamente colocando Moscovo e São Petersburgo na mira.

Segundo Mykhailo Fedorov, ministro da transformação digital da Ucrânia, durante 2023, a 💥️produção doméstica de drones foi de 300 mil unidades, sem contabilizar as doações dos aliados.

💥️Dos ciberataques à invasão no terreno

Dias antes de iniciar a invasão em fevereiro de 2022, a Rússia procedeu a ciberataques, tendo como alvo as redes informáticas da Ucrânia. Os movimentos informáticos, detetados pela Microsoft, desde cedo alertavam para os danos colaterais, naquela que poderia ser uma escalada a nível global. 💥️Mas a invasão à Ucrânia mobilizou a comunidade internacional, levando a Europa a limitar o acesso da Rússia a tecnologias-chave. E até grupos de hackers, como o Anonymous, declarou guerra informática contra o governo de Putin e chegou mesmo a fazer ataques diretos à televisão do país.

Empresas como a Meta, Google e Twitter também tomaram medidas para limitar a propaganda russa, ao mesmo tempo que bloquearam a monetização de conteúdos da guerra. A própria indústria tecnológica e das telecomunicações demonstraram apoio à Ucrânia, cortando o acesso à Rússia. As 💥️empresas foram cancelando as operações e a venda de produtos na Rússia, como foi o caso da Microsoft ou Electronic Arts, assim como a Sony e a Nintendo. A Apple e Google também tomaram medidas para bloquear sistema de pagamentos na Rússia.

A Ucrânia pediu que a Rússia fosse “desligada” da Internet, mas a ICANN, o 💥️organismo que gere a rede mundial negou, alegando que a Internet é um sistema descentralizado e que nenhum ator tem a capacidade de a controlar ou encerrar.

💥️Dois anos de destruição testemunhados pelos “olhos” dos satélites

A invasão da Rússia à Ucrânia, na guerra no terreno, rapidamente começou a dar os primeiros sinais de destruição no país. 💥️Os satélites da Maxar Tecnologies têm acompanhado a evolução da guerra, desde as primeiras imagens com os veículos blindados do exército russo a circular ou mesmo os automóveis dos civis a tentarem passar a fronteira para fugir do país. Duas semanas depois, os satélites já registavam os veículos militares russos a serem colocados em vilas a norte de Kiev e perto do aeroporto Antonov e outras localidades a cerca de 50 quilómetros da capital ucraniana. As colunas de veículos militares da Rússia chegaram mesmo aos 200 nos arredores de Kharkiv e a caminho de Izium, esperando-se maior controlo do Donbass.

Os 💥️satélites foram testemunhando o rastro de destruição por causa dos bombardeamentos às cidades, onde os apartamentos não foram poupados, deixando os habitantes desalojados. A estratégia da Rússia passou por apontar as baterias às infraestruturas de comunicações da Ucrânia, levando os engenheiros e os técnicos dos centros de dados a correrem contra o tempo para manter o país conectado ao resto do mundo.

Algumas das imagens mais aterradoras mostraram que nada escapa aos ataques: teatros, estádios, aeroportos, entre outros locais públicos que foram destruídos em Mariupol, uma das cidades mais fustigadas pela guerra. 💥️Um pouco mais tarde, também o porto de Berdyansk foi destruído. Nos meses seguintes a Rússia foi reforçando a sua posição em Mariupol, causando destruição e incêndios por onde passou. E a fábrica de aço Azovstal foi um dos locais mais bombardeados pela Rússia.

Imagens satélite Guerra Ucrânia - 14 março Zonas residenciais com apartamentos e casas em fumo. Créditos: Maxar Technologies.

Além da destruição, os satélites captaram algumas atrocidades, como foi o caso da vala comum escavada na cidade de Bucha. 💥️Estima-se que tenham sido sepultadas cerca de 150 vítimas dos confrontos.

Foram dois anos de bombardeamentos, destruição de edifícios e pontos estratégicos, de avanços e recuos de ambos os lados, invasões e reconquistas de cidades. 💥️Algumas das mais recentes imagens mostram o bombardeamento a Kherson, mas sobretudo o aumento da capacidade de armamento russo.

A guerra na Ucrânia vai entrar no seu terceiro ano e o mais recente relatório das 💥️Nações Unidas para os Direitos Humanos, citado pelo Aljazeera, destaca que desde 24 de fevereiro de 2022 foram registadas 30.457 vítimas verificadas, sendo que 10.582 foram mortas e 19.875 ficaram feridas. No entanto, este número deverá ser bem superior. Estima-se que mais de 14 milhões de ucranianos foram forçados a fugir das suas casas nestes dois anos e que ainda 6,5 milhões de pessoas ainda mantêm estatuto de refugiados em outros países e 3,7 milhões estão sem habitação.

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