Vestígios de “aranhas” espalhadas pela região polar sul de Marte? & Green Savers

Sonda para Marte

A ESA detetou pequenos objetos escuros, que se assemelham a aranhas, na superfície de Marte, revelou o ISQ em comunicado.

Segundo a mesma fonte, estes objetos  formam-se quando o sol da primavera incide sobre camadas de dióxido de carbono depositadas durante os meses escuros de inverno. A luz do sol faz com que o gelo de dióxido de carbono no fundo da camada se transforme em gás, que subsequentemente se acumula e rompe as placas de gelo sobrepostas. O gás liberta-se na primavera marciana e arrasta material escuro para a superfície, quebrando camadas de gelo até um metro de espessura.

O gás emergente, carregado de poeira escura, dispara através de fissuras no gelo sob a forma de fontes altas ou géiseres antes de voltar a cair e assentar na superfície. Isto cria manchas escuras de 45 m a 1 km de diâmetro. Este mesmo processo cria padrões característicos em forma de aranha gravados por baixo do gelo & e por isso estas manchas escuras podem ser um sinal de que as “aranhas” andaram por baixo, explica o ISQ.

A mesma fonte recorda que existe uma entidade nacional a trabalhar na exploração de Marte: o ISQ. Trata-se um desenvolvimento para a Agência Espacial Europeia (ESA), coordenado pela Amorim, que conta com a participação do ISQ, do PIEP e da Critical Materials. O resultado já foi validado pela ESA e teve como objetivo o desenvolvimento do sistema de proteção térmica de uma cápsula que irá trazer amostras de solo marciano para serem analisados na Terra. O ISQ foi responsável pelos testes de desenvolvimento e testes de validação final do demonstrador, executados no seu Laboratório de Ensaios Especiais em Castelo Branco.

Trata-se de uma solução de engenharia portuguesa que pega na cortiça junta-lhe engenharia e inovação e cria uma cápsula de reentrada atmosférica inovadora que promete ser uma referência em novos desenvolvimentos para missões espaciais.

A engenharia portuguesa oferece assim à ESA uma solução mais simples, mais leve, 25% abaixo do peso máximo exigido, e com garantia de redução dos custos de produção.

A data de lançamento proposta para a sonda é 2026. A missão durará cerca de cinco anos e irá trazer rególitos (amostras de solo) de Marte.

O objetivo das duas missões, Mars Sample Return (NASA e ESA) e Phootprint- Phobos Sample Return (ESA), é o de enviar sondas para Marte, recolher o rególito marciano e de seguida transportá-lo para o planeta Terra.

O ISQ já colabora com a ESA desde 2003. É o caso de serviços de gestão de operações, inspecções técnicas, análises de risco e análise/desenvolvimento de procedimentos para os sistemas de lançamento Ariane 5, Soyuz e Vega, no Centro Espacial Europeu da Guiana Francesa.

“A relevante capacidade laboratorial do ISQ permite desenvolver e realizar ensaios específicos para este mercado, nomeadamente ensaios de materiais e revestimentos, ensaios mecânicos, ensaios não destrutivos convencionais e avançados e SHM (Structural Health Monitoring), ensaios termodinâmicos não convencionais desenvolvidos à medida, para entidades como a Thales Alenia Space, Airbus-Astrium, Safran-Herakles, Embraer e ESA/ESTEC”, conclui.

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