Quantidade não é qualidade! Sono irregular está associado a um maior risco de demência

Sabemos bem que existe uma relação entre o sono e a saúde, mas nem sempre é fácil desvendar os pormenores dessa relação. A falta de sono pode causar problemas graves, até mesmo a morte, mas o sono em excesso também pode ser um indicador de um problema. Mas nem tudo é uma questão de quantidade - a regularidade (ou irregularidade) e a qualidade também contam.

Relação entre o sono e a demência

Um estudo descobriu uma ligação curiosa entre o nosso sono e o aparecimento de demência numa fase posterior da vida. De acordo com a análise, o sono irregular 💥️pode ser um fator de risco para o aparecimento desta doença.

Demasiadas vezes, as recomendações de saúde sobre o sono centram-se no número de horas que dormimos, embora saibamos que existem outros fatores que podem afetar a relação entre a saúde e o sono, 💥️como o facto de dormirmos "tudo de uma vez" ou em várias fases.

No entanto, é dada menos ênfase à manutenção de hábitos de sono regulares. Os nossos resultados sugerem que a regularidade do sono de uma pessoa é também um fator importante quando se considera o risco de demência.

Explicou o coautor Matthew Paul Pase num comunicado de imprensa.

Como funcionou o estudo?

A equipa estudou os hábitos de sono de 88.094 participantes britânicos com uma idade média de 62 anos, durante uma semana. Utilizaram pulseiras inteligentes para medir este fator, a partir do qual geraram um índice de regularidade do sono baseado na probabilidade de, em dois determinados pontos com 24 horas de intervalo, 💥️uma pessoa se encontrar no mesmo estado de sono.

Isto traduziu-se num índice com valores entre 100 (uma pessoa que vai dormir e acorda sempre à mesma hora) e zero (uma pessoa que vai dormir e acorda a horas diferentes em cada um dos sete dias). De seguida, seguiram estes participantes durante sete anos. Durante esse tempo, 💥️480 participantes desenvolveram a doença.

A equipa encontrou uma relação inversa entre a regularidade do sono e a probabilidade de desenvolver demência. Esta relação manteve-se, explicam, mesmo quando se controlam outros fatores de risco, como a idade, o sexo ou fatores genéticos. Os pormenores do trabalho foram publicados num artigo da revista Neurology, publicada pela Academia Americana de Neurologia.

A equipa adverte que não é possível, através do estudo, concluir que o sono irregular causa demência. 💥️Existe uma correlação entre as duas variáveis, mas não se pode estabelecer uma relação direta de causa e efeito com base nisso. No entanto, a deteção deste novo fator de risco pode ser útil para detetar a doença e para fazer avançar a nossa compreensão de uma doença complexa para a qual ainda há muitas incógnitas por resolver.

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