Raquel Virgínia troca arte por empreendedorismo

Raquel Virgínia troca arte por empreendedorismo e vira mentora de mulheres Divulgação

Rute Pina

De Universa, em São Paulo

A paixão de Raquel pelo empreendedorismo vem da família. No passado, sua mãe e tios já tiveram locadora de filmes e lan house. "Ela e os irmãos sempre empreenderam em busca de uma vida melhor. Mas, infelizmente, alguns dos nossos negócios entraram para a estatística. Vi muitos deles falirem", conta.

A carreira artística com a banda "As Baías e a Cozinha Mineira" também foi uma escola. Além dos vocais, ela assumia responsabilidades burocráticas da banda — da agenda e logística dos shows ao planejamento estratégico do lançamento de músicas.

"A banda veio de um cenário independente em que fazíamos literalmente tudo", conta. "Eu estava no palco, nas negociações, no computador. Criei uma experiência elástica", diz.

Num momento em que o trabalho com a música não estava rendendo tanto quanto gostaria, Raquel viu no ambiente corporativo uma oportunidade de trabalho.

"Não forço a barra. Não estava artisticamente fértil. Já tinha um relacionamento com marcas por causa do meu projeto artístico. Quando a banda acabou, decidi ajudar marcas a se comunicarem melhor, com representatividade e diversidade", relata.

💥️Inovação e diversidade devem ser pilares de empresas

Na avaliação de Raquel Virgínia, embora seja inegável que as empresas estejam mais atentas à pauta da diversidade, ainda há trabalho a ser feito em nome da inclusão. "Existe a seguinte agenda consolidada para a publicidade: janeiro é réveillon; fevereiro, Carnaval; março, mulheres; e assim por diante. As pautas LGBT ganham protagonismo em junho. A inovação precisa acontecer durante o ano inteiro", analisa.

"Algumas marcas já entenderam que essa é a conversa do século 21. É com essas marcas que conversamos."

💥️Conselhos para mulheres empreendedoras

Às mulheres que querem empreender, Raquel Virgínia recomenda, em primeiro lugar, elaborar um plano de negócios. Além disso, devem se conectar à comunidade.

"Elas vão perceber que as dificuldades não são só delas", afirma.

"Temos uma tendência em nos asfixiarmos. Já cansei de achar que só eu passava por algumas questões, por ser uma mulher trans. Mas, quando me sento para conversar com outras pessoas, entendo que é algo estrutural", narra. Esse compartilhamento de experiências, na avaliação da empresária, "ajuda a calibrar emoções e estratégias".

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