Ex-funcionárias de churrascaria de luxo acusam maître de assédio

Fazenda Churrascada São Paulo; restaurante disse que funcionário foi demitido  - Reprodução/Instagram

Simone Machado

Colaboração para Universa, em São José do Rio Preto (SP)

As mulheres entraram com um processo trabalhista contra o restaurante. No mês passado, uma das sentenças determinou indenização de R$ 60 mil a uma das vítimas, Juliana (nome fictício).

Ela trabalhou no restaurante por cinco meses, durante o ano passado, como temporária. Segundo ela, o assédio sexual, começou no segundo mês de trabalho.

"Eu percebi que, desde o começo, ele me olhava de maneira diferente, com malícia, mas fingia não ver. Até que um dia ele me perguntou se meu marido estava em casa e eu desconversei. Ele insistiu e pediu para que eu enviasse nudes para ele, mas eu disse que não gostava desse tipo de coisa."

Ainda segundo a mulher, as investidas do maître não pararam por aí. Ela relata que mesmo tentando afastar o homem, ele a assediava sempre que tinham qualquer diálogo. Até que um dia ela recebeu fotos dele nu.

Ele me mandou uma foto do órgão genital dele e perguntou se eu havia gostado. Fiquei em choque quando vi a mensagem e não respondi. Em seguida ele mandou um vídeo dele tomando banho.

Com medo de ser demitida, Juliana conta que não contou a situação para os donos do local, já que o maître era seu supervisor. Mas ela relata que muitos dos assédios aconteceram em frente às câmeras de monitoramento do restaurante.

"Teve uma vez que eu estava segurando uma bandeja, de costas, e ele veio em minha direção e me deu um tapa na bunda, eu me senti podre após esse episódio."

Ainda segundo a ex-funcionária, após não corresponder às diversas investidas do gerente, ela deixou de ser chamada para trabalhar no local. Em seguida, a mulher procurou um advogado e entrou com uma ação judicial contra o estabelecimento comercial relatando o assédio sexual sofrido e pedindo reconhecimento do vínculo empregatício.

Mais relatos

Juliana não foi a única mulher que buscou a Justiça após os supostos assédios. Mariana (nome fictício) também afirma ter sido vítima do homem durante os cinco meses que trabalhou no local.

Também atuando de maneira freelancer no restaurante, ela afirma que, desde o primeiro dia de trabalho, o maître passou a chamá-la para sair mesmo sabendo que a jovem tinha namorado.

"Ele falava que queria sair comigo e que me buscava após o trabalho. Eu sempre o ignorava e cortava as investidas dele. Mas ele não se importava, seguia com os convites e os assédios", conta.

Ainda segundo a jovem, o homem não se importava com a presença de outras pessoas durante as investidas e chegava a propor que as funcionárias saíssem com ele em trisal.

"Todo mundo ficava desconfortável com a situação. Porém, precisávamos de emprego, então íamos levando a situação como dava."

A reportagem teve acesso a um print de mensagens que o maître teria enviado a uma das vítimas. Na conversa é possível ver que o homem chama a funcionária de "amor" e "vida".

confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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