Pele inteligente está a tornar possível o contacto físico à distância

Os tecidos inteligentes estão a proporcionar a sensação de toque real em experiências virtuais, tornando-as mais imersivas. Este do qual lhe falamos hoje assume quase a função de segunda pele e procura permitir aos pais "tocar" nos filhos doentes isolados.

O tato é um grande aliado nos cuidados de saúde, influenciado positivamente o processo. Afinal, desencadeia a libertação de hormonas benéficas, reduz o stress, estimula o sistema imunitário e pode, inclusivamente, aliviar a dor.

Pela sua importância, especialmente na vida das crianças, cientistas da Universidade de Saarland, na Alemanha, desenvolveram um tecido inteligente. Com ele, as crianças gravemente doentes colocadas em isolamento têm a oportunidade de sentir proximidade dos pais.

Tecido inteligente poderá devolver sensação de toque físico

O tecido inteligente, que tem 50 micrómetros de espessura, funciona como uma segunda pele. Isto equivale a cerca de 0,0019685 polegadas (ou 0,05 milímetros). Além disso, é feito de silicone e é tão fino como uma película.

De acordo com Paul Motzki, professor da Universidade de Saarland, "uma camada condutora de eletricidade altamente flexível é impressa em cada lado da película ultrafina para criar o que é conhecido como um elastómero dielétrico".

O professor explicou que se aplicarmos uma tensão à película de elastómero, "os elétrodos atraem-se mutuamente, comprimindo o polímero e fazendo com que este se expanda para os lados, aumentando assim a sua área de superfície".

Os estudantes de doutoramento Sipontina Croce (esquerda) e Lukas Roth (direita) estão a conduzir investigação sobre tecidos que incorporam películas de alta tecnologia. Imagem: Oliver Dietze, via Hannover Messe: Virtual skin contact – Smart textiles are making remote hugs tangible

A película fica com uma impressão do toque dos pais das crianças. Quando entram em contacto, alteram a "capacitância elétrica da película, uma grandeza física que pode ser medida com precisão". Depois, ela envia a sequência para a criança que está a usar a segunda pele. A película capta o toque e transmite-o.

Além disto, os cientistas conseguem regular e controlar a velocidade e o grau de sensibilidade do toque:

Podemos fazer com que a película execute movimentos de flexão continuamente controlados, de modo a exercer uma pressão crescente sobre a pele, ou podemos fazer com que permaneça numa posição fixa.

Explicou Sipontina Croce, estudante de doutoramento.

Apesar do vasto leque de aplicabilidades da tecnologia, esta procura resolver, primeiramente, o problema da falta de tato das crianças em isolamento.

Durante a Hannover Messe deste ano, uma conferência sobre inovação, os responsáveis por este tecido inteligente vão demonstrar com um relógio que conseguem transformar um toque feito por um dedo em "longos movimentos de acariciar". Mais, que podem amplificar uma sensação com uma quantidade minúscula de película física.

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