Não somos super-heróis. E mesmo os super-heróis precisam descansar

Neste final de semana, tive a oportunidade de ir à praia, depois de muito tempo. Foi uma chance de me reconectar comigo mesma e esquecer um pouco o ritmo frenético que nos impomos sempre na cidade grande.

E, na volta a São Paulo, passei a me questionar algumas coisas. Por que estamos sempre com pressa? Por que nos impomos uma carga de afazeres tão intensa? O que estamos querendo provar para o outro e para nós?

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Já discuti sobre o tema anteriormente aqui na coluna, e acho que é sempre válido rediscuti-lo, considerando nossas novas experiências adquiridas ao longo do tempo.

Especialmente quando se é uma pessoa LGBTQIA+, ou melhor quando se é uma pessoa LGBTQIA+ fora do padrão "aceitável", a pressão (própria ou alheia) para se provar competente é dobrada. Não temos o direito de errar; ainda que façamos mais rápido, ou com mais qualidade, qualquer deslize será motivo de chacota. E quando a pessoa está numa posição de destaque, essa pressão é ainda maior.

E como desaceleramos? Estas últimas semanas foram particularmente intensas para mim: tive dissabores, discussões, alguns momentos de descarrego, e nada que me fizesse parar de verdade e pensar o que estou fazendo da minha vida.

Precisamos ser menos cruéis conosco. Saber o tempo de parar e descansar é vital para uma vida um pouco mais saudável. Não devemos (ou melhor, não deveríamos) deixar o ritmo frenético nos tragar para sua loucura. Mas infelizmente, deixamos.

E isso vira um círculo vicioso: nos impomos um ritmo maluco, nos cansamos, e para esquecer o cansaço, deixamos o ritmo ainda mais maluco. Para provarmos que podemos fazer mais e melhor.

Deveríamos lembrar que não somos super-heróis. E mesmo os super-heróis precisam descansar.

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