Onde estarão os negros, indígenas e LGBTQIA+ na construção do novo governo?

A senha estava dada. Desde o debate presidencial até os discursos de vitória, não houve momento em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não desse como consequência de sua chegada na corrida presidencial a responsabilidade das "maiorias minorizadas".

Digo, mulheres, negros, LGBTQUIAP+ e indígenas, que nada mais são do que a grande massa do país - e que logo estará crescida e representada, em números atualizados, a partir da divulgação do Censo 2022.

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Para cada uma dessas parcelas, um compromisso verbalizado. A plenos pulmões em um hotel da Avenida Paulista (e depois nas ruas) na noite do último domingo (30), Lula disse, por exemplo, que vai "enfrentar sem tréguas o racismo, o preconceito e a discriminação, para que brancos, negros e indígenas tenham os mesmos direitos e oportunidades." E não parou por aí: fez questão de fazer acenos religiosos, já que a temática foi um dos tambores que mais ecoaram durante a campanha.

Sobre as urgências climáticas, tratou de enfatizar que "não nos interessa uma guerra pelo meio ambiente, mas estamos prontos para defendê-lo de qualquer ameaça". Ao lado da ex-ministra e parlamentar Marina Silva, o discurso tem peso e caráter mais forte, elucidando sobre um desenvolvimento sim; mas "sustentável".

Pela terceira vez presidente, Lula tem como desafio ampliar o escopo do governo conjugando políticas públicas que abarquem da educação à saúde, passando pela segurança, os direitos da mulher, a reafirmação da igualdade racial, a voz da juventude, o acesso habitação e tantas outras noções que compreendem um Brasil de 215 milhões de brasileiros. Todos eles cidadãos de um único país.

Mas do que dizer, propriamente, é necessário ouvir, sendo o exercício a máxima que pode dar sustentação não somente aos próximos quatro anos, e sim para fortalecimento de um projeto de país do futuro que começa já. E nele, a possibilidade de representação desde o primeiro momento.

É para se cobrar o peso do voto e crédito dado já neste momento de transição, onde acontecem as conversas decisivas, bem como o período em que se estará governando. A viabilidade e presença de todos fará com que a palavra dita sendo, então, encarnada nas ações.

A partir de agora, só resta perguntar: onde estarão os negros, indígenas e LGBTQUIAP+ no construção novo governo, presidente?

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