O orgulho de ser quem se é também pode ser cristão?

Uma dessas obreiras veio me entregar um folheto da igreja. Respeitosamente, disse que sou ateia convicta, mas que agradeço o seu trabalho de vir pregar para quem acha que está deslocado ou pecando, por causa desses novos "mercadores do templo".

Na mesma quinta-feira, em outro canto da cidade, acontecia a Marcha para Jesus, evento de várias denominações protestantes tão vilipendiado e manobrado por políticos safados e pastores inescrupulosos. O discurso de ódio contra pessoas LGBTQIA+ veiculado por essas denominações contrasta com o discurso de tolerância das igrejas inclusivas, que se calcam no ensinamento cristão de amor ao próximo.

Esta é uma contradição bem interessante, considerando o poder das igrejas evangélicas hoje em dia e sua influência sobre as pautas conservadoras que insistem em querer subjugar nosso país. Enquanto influenciadores com milhões de fiéis seguem dizendo que o "orgulho LGBTQIA+" é odiado pelo seu deus, temos alas minoritárias que dizem que não, que o deus cristão é iluminação e que as pessoas, independentemente de sua condição, são amadas e respeitadas por ele.

Acredito que ter religiosidade também significa saber a hora de parar e de respeitar. Porque a ideia cristã original pregava esse respeito, mas foi desvirtuada por quem sempre mandou no mundo e, para dele não perder o controle, fala que é "insuportavelmente" isso ou aquilo, e esquece dos ensinamentos da palavra que sequer deve ter lido.

O orgulho de ser quem se é na verdade desafia esse conservadorismo controlador, e as igrejas inclusivas realizam esse papel de pertencer às pessoas de religiosidade cristã e dar a elas um sentido melhor para suas vidas.

Quando a religião, qualquer uma, deixa de ser do amor, o sentido não existe mais, e temos trevas.

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