Aqui vai mais um motivo para você lutar por semana de trabalho de 4 dias: o clima

Em 1926, 💥️Henry Ford se tornou um dos primeiros empregadores a implementar uma semana de trabalho de cinco dias e 40 horas em suas fábricas de automóveis.

Ele acreditava que seus funcionários seriam igualmente produtivos em menos tempo se tivessem dois dias de folga. Seu experimento foi um sucesso: a produtividade aumentou, outras empresas seguiram o exemplo e a semana de cinco dias veio para ficar.

Mas, 100 anos depois, 💥️uma campanha para encurtar ainda mais a semana — para quatro dias — está ganhando força.

Nos últimos anos, foram realizados experimentos pilotos de quatro dias semanais de trabalho em diversos cantos do mundo, como Japão, Nova Zelândia, Irlanda, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Islândia.

💥️Os resultados foram extremamente positivos, com melhora da saúde e bem-estar entre os funcionários, bem como ganhos de produtividade. Vários estudos também sugeriram que pode haver benefícios para o planeta.

Semana de quatro dias: países adotam modelo de trabalho visando aumento na produtividade  - Pixabay - Pixabay Banhistas lotam a praia em Brighton, na Inglaterra, onde os serviços de previsão meteorológica lançaram, pela primeira vez na história, um alerta de 'calor extremo' - DANIEL LEAL/AFP - DANIEL LEAL/AFP Banhistas lotam a praia em Brighton, na Inglaterra, onde os serviços de previsão meteorológica lançaram, pela primeira vez na história, um alerta de 'calor extremo'

Semana de trabalho de quatro dias: o teste de fogo

Para determinar o impacto de uma semana de trabalho de quatro dias, Schor conduziu pesquisas sobre dois projetos pilotos recentemente realizados no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Irlanda.

Cerca de 3.500 funcionários de 91 empresas de diferentes setores participaram dos experimentos de seis meses. Para supervisionar os testes, foram convocados a organização sem fins lucrativos londrina 4 Day Week Global, o think tank Autonomy, a Universidade de Cambridge e o Boston College.

Os funcionários receberam o mesmo salário e foram solicitados a manter a mesma produtividade em jornadas de trabalho reduzidas.

💥️Em poucas palavras, os resultados mostraram que os trabalhadores eram, em sua maioria, tão ou mais produtivos, menos propensos a faltar por doença e mais saudáveis e felizes.

Após o término dos experimentos, mais de 90% das empresas optaram por manter o esquema, enquanto 4% optaram por abandoná-lo.

Schor diz que é difícil calcular os impactos totais das emissões dos projetos pilotos. Trata-se de uma área que os pesquisadores esperam estudar mais de perto em testes futuros.

💥️O que eles descobriram, no entanto, é que o tempo de deslocamento caiu em cerca de meia hora por semana, reduzindo as emissões de tais viagens.

💥️O transporte é responsável pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa nos EUA, Reino Unido e UE, respondendo por mais de um quarto do total.

"Especialmente nos Estados Unidos, vimos uma redução no deslocamento diário", disse Schor. Não apenas as pessoas estavam se deslocando menos, mas quando viajavam para o trabalho, eram menos propensas a usar o carro.

Mas o que é feito do tempo livre?

Mesmo que os trabalhadores se desloquem menos e os locais de trabalho economizem energia, qualquer benefício para o clima dependerá, em última análise, do que as pessoas fazem no dia de folga.

Se os funcionários decidirem fazer uma viagem de carro ou um pegar um voo, isso pode acabar aumentando as emissões.

"Perguntamos às pessoas como elas estão gastando esse dia de folga e não parece ser de maneira intensiva em carbono", diz Schor. "Será que elas estão simplesmente voando para algum lugar, especialmente em países como a Irlanda e o Reino Unido, onde há todos aqueles voos europeus baratos? Parece que isso não está acontecendo."

Em vez disso, 💥️a pesquisa até agora mostrou que a maioria das pessoas fica perto de casa e dedica o tempo livre com hobbies, tarefas domésticas e cuidados pessoais.

Schor diz que também houve uma mudança para estilos de vida mais sustentáveis.

Mais estudos pela frente

Schor diz que ainda são necessárias mais pesquisas sobre como as horas de trabalho mais curtas afetam as emissões e o uso de energia. Até agora, o foco tem sido principalmente na produtividade e no bem-estar do trabalhador.

Nos próximos meses, outros países devem conduzir projetos pilotos sobre o tema, como África do Sul, Europa, Brasil e América do Norte.

Não há dúvida de que os padrões de trabalho estão mudando. A pandemia de coronavírus nos levou a repensar a forma como trabalhamos, mostrando alternativas de arranjos flexíveis. E em muitos setores, o advento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, também está criando novas possibilidades.

Para Schor, não há dúvidas: de uma forma ou de outra, a semana de quatro dias é o futuro.

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