Quebra na safra de soja pode superar 7,0 milhões de toneladas

As previsões de boas chuvas em dezembro não se confirmaram e os níveis de precipitação o longo do mês, considerando as chuvas esperadas para esta segunda quinzena, tendem a se manter abaixo das médias históricas na maior parte do País, na análise divulgada ontem pela consultoria de agronegócio do Itaú BBA. Durante as duas primeiras semanas deste mês, além da baixa precipitação, as temperaturas mantiveram-se elevadas, com nova onda de calor e termômetros até acima de 40°C em diversas regiões, cenário a ser apenas amenizado por uma melhor condição de chuvas na quinzena final de dezembro, como sugerem os mapas meteorológicos. Os volumes acumulados de chuva, de toda forma, devem permanecer abaixo da média esperada para o período em Mato Grosso, Estado que responde por quase um terço da produção brasileira de grãos.

O quadro climático, que tem afetado negativamente os plantios em todo o Centro-Oeste, levou a consultoria a revisar para baixo as previsões para a safra de soja a ser colhida no próximo ano, com redução de 20% na produtividade esperada para a lavoura em Mato Grosso, estimando-se uma produção inferior a 40,0 milhões de toneladas, abaixo mesmo da estimativa mais recente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), que espera uma safra de 42,1 milhões de toneladas. A se confirmar a previsão mais pessimista, a quebra apenas no Estado atingiria algo acim a de 5,3 milhões de toneladas, no pior resultado na história do grão em Mato Grosso.

As projeções do banco para a safra brasileira pressupõem uma quebra superior a 7,1 milhões de toneladas a se considerar a estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que esperava uma produção em torno de 160,2 milhões de toneladas para a safra 2023/24. A consultoria do Itaú BBA espera agora uma produção ao redor de 153,0 milhões de toneladas – ainda assim, o segundo melhor resultado na série histórica.

A disponibilidade de soja para exportação, tomando como base um avanço de 3,0% no consumo doméstico, baixaria para qualquer coisa entre 95,0 milhões e 96,0 milhões de toneladas, em torno de 6,6 milhões de toneladas a menos do que as 101,6 milhões de toneladas projetadas anteriormente. Os preços do grão tendem a ser pressionados diante da expectativa de um balanço mais apertado entre produção e consumo na safra 2023/24. A relação entre estoque final e demanda em todo o mundo tende a recuar ligeiramente de 30% para 28%, a despeito do salto da produção argentina de 25,0 milhões para 48,0 milhões de toneladas.

💥️Agro e a comunicação

As empresas do agronegócio continuam reforçando suas estratégias de comunicação. A Syngenta foi literalmente às ruas neste ano principalmente para “disseminar os conceitos de agricultura sustentável e regenerativa ao público urbano”, descreve Nêmora Reche, diretora de comunicação corporativa para a América Latina. “Fomos ouvir o que as pessoas em São Paulo sabem sobre o tema e quais as suas dúvidas, esclarecidas por especialistas da Syngenta em vídeos produzidos no curso do projeto”, acrescenta ela. Em agosto, a multinacional colocou no ar a websérie “Fala Povo” e, até o momento, já coleciona mais de 1,5 milhão de visualizações. 

💥️Balanço

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