Massa salarial atinge novo recorde, mas volta a apontar ritmo moderado

A massa total de rendimentos do trabalho recuperou com folga todas as perdas sofridas nos anos mais duros da pandemia, em valores já corrigidos até novembro deste na com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ainda em termos reais, a soma de todos os rendimentos habitualmente recebidos pelos trabalhadores alcançou sua maior marca no trimestre concluído em novembro passado ao atingir qualquer coisa em torno de R$ 300,164 bilhões, numa variação de 3,2% frente aos três meses imediatamente anteriores, quando havia somado R$ 290,870 bilhões.

Na comparação com média observada no trimestre setembro a novembro do ano passado, que se aproximou de R$ 286,317 bilhões, a massa salarial avançou 4,8%, o que se traduziu num ganho de R$ 13,847 bilhões para um total de 100,508 milhões de pessoas ocupadas em todo o País ao final de novembro deste ano – em dados absolutos, a economia brasileira jamais havia gerado empregos para número tão grande de trabalhadores, conforme mostra a série histórica de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e iniciada em 2012.

Os avanços nesta área refletem a valorização registrada em termos reais, descontada a inflação, pelo rendimento médio recebido habitualmente pelo trabalhador, favorecido mais recentemente pela queda das taxas inflacionárias, e ainda pelo incremento no total de ocupados. Os registros mais recentes da pesquisa, de toda forma, continuaram a apontar ritmos mais moderados de crescimento tanto para o número de ocupações criadas na economia quanto para a massa de rendimentos reais, num sintoma de uma tendência mais ampla de perda de ímpeto em toda a atividade econômica mais recentemente, como tem sido registrado neste espaço.

💥️Moderação, a tendência em cena

A economia de fato continua ampliando o número de ocupados, abrindo vagas e realizando contratações, notadamente em setores associados a serviços e outras atividades que exigem capacitação menor. Mas a série estatística mostra que isso já não ocorre como nos primeiros momentos da recuperação pós-pandemia. Seria mesmo natural que isso ocorresse, dado o tamanho das perdas operadas no mercado de trabalho nos meses de endurecimento das medidas de distanciamento social. Mas essa mudança de ritmo traz consequências para toda a economia, ao limitar seu ritmo de crescimento, já dificultado pela prática de juros excessivamente elevados diante da realidade inflacionária do País. A soma desses fatores – crédito muito caro e desaceleração no avanço do emprego – novamente explica em grande medida o desaquecimento observado na segunda metade deste ano. Para complementar, a taxa de desemprego baixou de 8,1% um ano antes para 7,5% no trimestre finalizado em novembro deste ano, retomando os mesmos níveis do trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando a desocupação ficou também em 7,5%.

💥️Balanço

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