Bruxelas espera cooperação chinesa para investigação sobre apoios ilegais à eólica na UE &

A Comissão Europeia espera cooperação das autoridades chinesas sobre a investigação preliminar relativamente a 💥️alegados subsídios ilegais a fabricantes chineses de turbinas eólicas em Espanha, Grécia, França, Roménia e Bulgária, analisando também eventuais casos em outros países.

Um dia depois do anúncio feito pela vice-presidente executiva da Comissão Europeia com a pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, um alto funcionário europeu explicou a alguns meios de comunicação em Bruxelas, que em causa está uma investigação preliminar (que antecede um processo formal) para 💥️verificar as informações que chegaram ao executivo comunitário de alegados apoios ilegais do Estado chinês a empresas chinesas relativos a parques eólicos em Espanha, Grécia, França, Roménia e Bulgária.

“De momento, foram enviados [pela Comissão Europeia, que tutela a concorrência da UE] pedidos de informação a uma série de intervenientes ativos em certos projetos de energia eólica e vamos ver se as respostas aos pedidos de informação confirmam as informações e as alegações que nos chegaram”, explicou o mesmo responsável.

De acordo com esta fonte europeia,💥️ o tempo da investigação “depende do grau de cooperação” das entidades chinesas abrangidas, que é esperado, sendo que depois de receber as respostas o executivo comunitário vai “analisá-las seriamente”. Já questionado pela Lusa sobre eventuais outros países abrangidos, este alto funcionário indicou estarem concentrados “nestes projetos eólicos específicos”, mas “isso não significa que […] encontrar subsídios estrangeiros ilegais nesses países” nem significa deixar de analisar também projetos de energia eólica noutros Estados-membros.

💥️Os esclarecimentos surgem depois de, na terça-feira, Margrethe Vestager ter anunciado, num discurso na Universidade de Princeton (Nova Jersey) nos Estados Unidos, um “novo inquérito aos fornecedores chineses de turbinas eólicas para investigar as condições para o desenvolvimento de parques eólicos em Espanha, Grécia, França, Roménia e Bulgária”.

Uma situação semelhante foi verificada no setor dos painéis solares, no qual se concederam “subsídios maciços aos fornecedores nacionais [chineses], fechando simultânea e progressivamente o mercado nacional às empresas estrangeiras”, comparou Margrethe Vestager. Segundo dados da responsável, esse contexto levou a que menos de 3% dos painéis solares instalados na UE sejam produzidos na Europa.

💥️“As nossas economias não podem absorver esta situação. Não só é perigoso para a nossa competitividade, como põe também em risco a nossa segurança económica. Já vimos como as dependências unilaterais podem ser usadas contra nós e é por isso que a Europa, tal como os Estados Unidos, está a reagir”, vincou.

A investigação preliminar ao setor eólico agora anunciada – para a qual não existe prazo de conclusão –, surge após o executivo comunitário ter avançado, em outubro passado, com uma investigação europeia às subvenções estatais chinesas aos fabricantes de automóveis elétricos, veículos que entraram rapidamente no mercado da UE e que são vendidos a um preço bastante menor que os dos concorrentes comunitários.

Segundo dados da Comissão Europeia, 💥️os carros elétricos chineses, que entraram recentemente na UE, já representam 8% do mercado total, sendo 20% mais baratos face à concorrência europeia.

Também hoje, o executivo comunitário publicou um relatório de 700 páginas sobre as distorções induzidas pelo Estado na economia chinesa, após um último documento publicado em 2017, com uma fonte europeia a dizer à Lusa que “pouco mudou” nestes anos. Ainda hoje, o governo chinês pediu a Bruxelas para que abandone as suas “práticas protecionistas”, no seguimento das recentes investigações.

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