Homenagem a Marielle na Câmara ganha dimensão de ato político com prisões

Uma sessão solene em homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes que já estava prevista para ocorrer na manhã de terça-feira (26) na Câmara dos Deputados, em Brasília, ganhou nova dimensão diante das prisões dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora, segundo parlamentares.

Há uma avaliação de que ela ganhará contornos de ato político. Além de congressistas e membros da sociedade civil, também deverão participar ministros do governo Lula (PT). A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã de Marielle, a princípio, deve comparecer.

O evento foi pedido pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) e já estava agendado para ocorrer na terça. "Fizemos sessões solenes na Câmara todos os anos para lembrar o legado de Marielle, mas também para pedir justiça. Agora, ela vai se dar num momento em que finalmente os mandantes estão sendo responsabilizados", diz.

"Vamos celebrar o legado de Marielle, mas também anunciar que está em curso o fechamento dessa fratura da democracia brasileira. A gente espera que seja um marco, para que possamos exigir o que falta desse desfecho. E também um anúncio de que o parlamento brasileiro vai enfrentar as milícias e os crimes políticos cometidos por elas ao longo dos anos", continua Talíria.

O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) diz que a sessão ganha um caráter de ato em homenagem aos dois e "em defesa da democracia".

Líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE) afirma que o evento, agora, "adquire outra dimensão". "O país acompanha os desdobramentos dos acontecimentos de hoje e, portanto, os olhos estarão voltados para a Câmara."

A Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de mandar assassinar Marielle e o motorista Anderson Gomes, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves, em março de 2018.

Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.

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