Mortes: Fez carreira no rádio e lançou artistas sertanejos

Quando os avós de José Maria trocaram a Bahia por São Paulo, o projeto para o sustento da família era o trabalho no campo. Estabeleceram-se em Mirassol, a cerca de 450 km da capital paulista, numa chácara.

Mas o garoto, que já nasceu na cidade do interior paulista, não queria ganhar a vida trabalhando na roça. José Maria era falador e gostava de ouvir rádio.

Foi com a ajuda do avô, que comprou lotes de horário em rádio, que ele começou a ler propagandas aos 11 anos de idade. O material era veiculado na rádio Difusora Mirassol.

Educado, calmo e perseverante, segundo o filho, Raphael Ferrari, 39, José Maria rapidamente ganharia audiência e reputação como um radialista talentoso.

"Eu era pequeno e ele me levava às emissoras. Colocava o microfone para eu falar e dizia ‘aqui o Raphael, herdeiro das dívidas’, mas eu tinha muita vergonha", diz o filho.

O trabalho no rádio, iniciado na adolescência, seguiu pela juventude de José, que se mudou para São José do Rio Preto, a 14 km de Mirassol.

Na década de 1980, lembra o filho, "ele abria as portas para tudo que é dupla nova." Antes do streaming, diz Raphael, José Maria fazia questão de apresentar artistas até sob as lonas de outros espetáculos.

"Meu pai é da época de cantor sertanejo tocar em circo, apresentou shows de Milionário e José Rico e Chitãozinho e Xororó."

José Maria conquistava cada vez mais público com o jeito brincalhão, e foi com a canção carnavalesca "Marcha do Zé Gatão", de 1989, que ele incorporou o personagem, inclusive no nome, e despontou também na televisão.

O que você está lendo é [Mortes: Fez carreira no rádio e lançou artistas sertanejos].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...