Teologia oriental ou ortodoxa é uma das tradições cristãs mais belas
Uma das literaturas mais ricas na teologia cristã são as narrativas de teor místico —a experiencia direta de Deus. Dois reparos: o cristianismo não detém o monopólio das narrativas místicas. Elas existem tanto no judaísmo quanto no islamismo.
Seguramente nas religiões do extremo oriente —que desconheço— também existem.
Evidentemente, que contextos culturais e linguísticos impactam essas narrativas de modo profundo e não podia ser diferente, uma vez que religiões são continentes culturais.
Um segundo reparo, este epistemológico: as abordagens dessas narrativas se diferenciam segundo seus aspectos sociais, políticos, de gênero, linguísticos, históricos e teológicos, para citar algumas dessas abordagens distintas.
Uma das tradições cristãs mais belas é a da teologia ortodoxa, cujas igrejas mais significativas são a grega e a russa.
Os ortodoxos entendem que o contato direto com as chamadas energias incriadas de Deus causa uma transformação ontológica no místico.
Por ser ontológica, portanto, profunda, essa transformação impacta a psicologia, a cognição, a volição —vontade— e o intelecto.
O místico passa a ser, como diz o escritor grego de Creta Nikos Kazantzaki (1883-1957) no seu "Relatório a El Greco" —numa tradução direta da edição grega—, da "raça de Deus".
A transformação do intelecto se chama "metanoia". "Nous" em grego é intelecto. Portanto, a cognição será atravessada pela presença de Deus no modo de pensar e enxergar o mundo. O mundo tem outra luz e outra cor. O místico em metanoia pensa diferente e entende as coisas de forma estranha ao mundo natural e comum.
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