Uma terça-feira em homenagem à bola

É sabido que as frustrações são diretamente proporcionais às expectativas criadas em torno de alguns jogos especiais.

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Ainda recentemente aconteceu no caso do esperado clássico entre Manchester City e Arsenal pela liderança da disputada Premier League, quando o 0 a 0 ficou muito aquém do imaginado.

A última terça-feira (9), ao contrário, cumpriu com o que prometeu e foi além —e não só no futebol, como no basquete.

O que Real Madrid e Manchester City fizeram no Santiago Bernabéu deixou em êxtase os apaixonados pelo futebol no empate com seis gols, três deles de extrema beleza, em clássico de duas viradas.

Graças ao fuso horário, terminado o recital em Madrid, com tempo suficiente para repousar a adrenalina, em Los Angeles o embate entre Lakers e Warriors proporcionou outro espetáculo encantador.

No gramado espanhol, apesar da ausência de última hora do belga Kevin De Bruyne, para deixar órfão o goleador norueguês Erling Haaland, a cena acabou roubada pelos golaços do inglês Phil Foden e do croata Gvardiol, determinantes na virada inglesa para 3 a 2, e do uruguaio Valverde, para decretar o empate definitivo.

Resultado que significou o 60° jogo invicto do espanhol Rodri com a camisa dos Cidadãos, o 13º empate.
Ele, o madridista inglês Jude Bellingham e o argentino Mac Allister, do Liverpool, compõem o novo trio de imperadores do meio de campo, para se juntarem aos também madridistas Toni Kroos e Luka Modric, o feiticeiro, e De Bruyne.

Os brasileiros Rodrygo, com mais um gol decisivo contra o City, e Vinícius Júnior, com dois passes para gols, disseram presente com P maiúsculo no jogo de ida das quartas de final da Champions, aqueles primeiros 90 minutos dos quais se espera cautela para decidir nos derradeiros e que foram frenéticos desde o segundo inicial, a ponto da contagem ser aberta aos dois minutos e aos 14 estar 2 a 1 para os espanhóis.

Futebol disputado em ritmo alucinante diante de 84 mil torcedores, sem que se visse uma simulação de falta, sem que se perdesse um minuto com cera.

Até o goleiro ucraniano Lunin, responsável por falha miserável no gol inicial do português Bernardo Silva, pôde se redimir com pelo menos uma grande defesa.

O goleiro belga Courtois fez falta ao Real, como falta fizeram Walker, Aké e De Bruyne para os ingleses.
Na quarta-feira (17), em Manchester, esperemos a presença de todos, menos a de Courtois, que só deverá retornar aos gramados em junho, ainda em recuperação de cirurgia no joelho.

Do gramado à quadra, Los Angeles Lakers e Golden State Warriors, LeBron James de um lado, Stephan Curry do outro, deram um show com a bola laranja, embora o placar final de 134 a 120 para o GSW não reflita a tensão permanente da perseguição imposta pelo LAL, anfitriões do clássico, durante o jogo todo.
LeBron foi o cestinha, com 33 pontos, frutos do talento interminável e da raça exuberante.

Curry foi mais modesto, deixou ao brother Klay Thompson, com 27 pontos, o papel de maior pontuador do time, mas deu o ar de sua graça com 23, 18 deles obtidos nos seis chutes que deu de três pontos, 100% de aproveitamento.

Antony Davis foi a ausência sentida para o LAL e Draymond Green a surpresa do GSW, ao acertar cinco dos sete chutes de três pontos que arremessou.

Obrigado, bolas!

O que seria de nós sem vocês?

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