Com 60 mortes em 2024, RS vive pior epidemia de dengue até agora

O Rio Grande do Sul chegou a 60 óbitos por dengue neste ano, com a confirmação de três novas mortes pela doença. O número já supera as 54 mortes decorrentes da doença durante todo o ano de 2023.

"O Rio Grande do Sul está vivendo nesses últimos três anos, e este ano em particular, a sua pior epidemia. Já ultrapassamos a incidência acumulada do ano de 2022, que foi o maior em termos de casos", disse Tani Ranieri, chefe da DVE (Divisão de Vigilância Epidemiológica) do estado.

Em 12 de março, o governo gaúcho decretou estado de emergência em saúde pública. Até o momento, o RS tem 51.331 casos confirmados de dengue, ultrapassando os 38.648 casos registrados de janeiro a dezembro de 2023.

Os números de óbitos e casos ocorridos de janeiro até a primeira semana de abril já são os segundos maiores registrados no Rio Grande do Sul. Em 2022, foram 66 mortes e 66.812 confirmações da doença. Antes disso, o recorde de notificações foi em 2023, com 11 óbitos e 9.803 casos.

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Em Porto Alegre, já são 1.526 casos confirmados entre janeiro e o início de abril, em comparação a 956 no mesmo período do ano passado. O número de notificações de ocorrências suspeitas encaminhadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também subiu, de 1.973 no ano passado para 15.178 agora.

Evelise Tarouco, diretora da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, conta que a prefeitura intensificou a operação de combate à dengue em dezembro, levando em consideração previsões desfavoráveis do Ministério da Saúde e o comportamento da doença em 2023 na cidade.

"Teve pouquíssimas semanas em 2023 que a gente não teve ocorrência de nenhum caso. Então já era previsto, considerando também os fenômenos climáticos, a temperatura, a umidade e a chuva de que a gente teria um cenário bem pior esse ano".

Outro desafio é a conscientização de uma população pouco habituada com a dengue. A doença é um desafio recente para os gaúchos: a primeira morte decorrente da doença na história do estado foi registrada em 2015.

Por isso, parte das estratégias do governo estadual e da prefeitura de Porto Alegre inclui a qualificação da estrutura assistencial. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) disponibilizou uma plataforma de manejo clínico voltada a profissionais de saúde para auxiliar na identificação de casos suspeitos e classificação de risco.

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