Taxa global para poluição de navios ameaça exportações de commodities do Brasil

As commodities brasileiras correm o risco de sofrerem alta nos preços e perderem competitividade caso a proposta de uma taxa fixa por tonelada de emissão de carbono no transporte marítimo seja aprovada pela IMO (Organização Marítima Internacional), um braço da ONU.

Cálculos iniciais feitos pela Esalq (Escola Superior de Agricultura da USP) indicam um aumento de pelo menos US$ 14 no custo da tonelada de soja transportada para a China.

As conversas avançam e os países estão divididos em relação às propostas —que são muitas, mas que se encaixam, basicamente, em dois blocos.

A União Europeia e as ilhas do Pacífico defendem um imposto universal sobre o total de toneladas gás carbônico emitido pelos navios.

China, Brasil, Noruega e Argentina formaram um bloco que defende uma taxa formada pela combinação de créditos e déficits de gases de efeito estufa. Por esse sistema, quem emitir acima da meta, pagará mais.

A próxima reunião está prevista para o fim de setembro e, em março de 2025, será a votação final para que um novo sistema de cobrança passe a vigorar em 2027, quando haverá penalizações para quem descumprir as regras.

A IMO definiu que até 2050, as empresas de transporte marítimo terão de zerar suas emissões.

Os armadores e tradings (que fazem a negociação das cargas do agronegócio) avaliam que esse sistema vai prejudicar fortemente o Brasil, um dos maiores exportadores de grãos do mundo e que desloca sua carga pela rota mais longa até a China, partindo do porto de Santos.

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