Europa deve falar menos e se preparar mais contra Rússia, diz presidente da Finlândia

O novo presidente da Finlândia, Alexander Stubb, pediu a outros membros da Otan, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, para serem menos "beligerantes" em sua retórica contra a Rússia e, em vez disso, prepararem seus Exércitos a um possível conflito.

Mesmo sem acreditar em um ataque russo a um país da Otan antes de 2030, o político disse em entrevista ao jornal britânico Financial Times que as recentes advertências públicas sobre uma possível agressão estavam desviando a atenção do que os países europeus realmente deveriam focar: ajudar a Ucrânia e preparar suas Forças Armadas.

"Estou um pouco preocupado com esse discurso bastante beligerante sobre a Rússia testar o Artigo 5 [cláusula de defesa coletiva da Otan], e que a Europa é a próxima. Acho que devemos nos preparar para isso, mas acho altamente improvável", disse Stubb, que assumiu o cargo no mês passado, em sua primeira entrevista internacional a um jornal.

"O que peço a todos os Estados europeus é que se tornem mais finlandeses. Em outras palavras, mais preparados. Você tem de se preparar ao pior para evitá-lo", acrescentou.

Ele acrescentou ainda que apoiar Kiev nos próximos meses é primordial, já que o presidente russo, Vladimir Putin, está "se sentindo muito confiante" e mirando uma "janela de oportunidade" para romper as defesas da Ucrânia entre agora e setembro.

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Neste ano, houve uma enxurrada de advertências de líderes europeus, desde Polônia, Alemanha e Suécia até Reino Unido e Estônia, sobre a perspectiva de a Rússia atacar um país da Otan nos próximos três a dez anos.

As declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, também se tornaram muito mais duras em relação à Rússia nos últimos meses, e o principal diplomata da UE afirmou nesta semana que uma guerra europeia fora da Ucrânia "não é mais uma fantasia".

Essas advertências foram baseadas no aumento dos gastos com defesa da Rússia, que tem adotado uma "economia de guerra" e prometido intensificar as tropas na fronteira com a Otan.

Stubb disse que a Europa tem "uma janela de oportunidade por alguns anos" para mudar seu pensamento da "terra do faz de conta" da era pós-Guerra Fria, quando muitos países consideravam o conflito improvável.

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