Ao lado de Lula, Petro diz que Brasil apoia plano de conciliação política na Venezuela

A Colômbia propôs a realização de um plebiscito na Venezuela para proteger direitos humanos e políticos dos opositores do ditador Nicolás Maduro —e o Brasil apoia a ideia, segundo o líder colombiano, Gustavo Petro, que esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Bogotá, nesta quarta-feira (17).

Considerado um aliado de Maduro, Petro esteve em Caracas na semana passada para tratar do que chamou de proposta democrática para garantir o "bem-estar do povo venezuelano". Ele não especificou, entretanto, quem eram seus interlocutores nem revelou detalhes do plano na ocasião.

Agora, porém, diz que falou com Lula sobre a ideia e que o brasileiro manifestou seu apoio à proposta. O petista não comentou o assunto nem respondeu a questionamentos dos jornalistas presentes acerca da situação da Venezuela.

Em declaração conjunta após o encontro, lê-se que, sobre a Venezuela, os dois líderes sublinharam a importância de manter "a interlocução e o diálogo constante entre o governo e os demais setores políticos".

Ainda segundo a declaração, Lula e Petro "exortaram o governo e os setores de oposição a considerar a possibilidade de chegar a um acordo de garantias democráticas que possa ser referendado nas urnas" e "reiteraram seu repúdio a qualquer tipo de sanções que unicamente servem para aumentar o sofrimento do povo venezuelano".

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O regime de Maduro e a oposição assinaram em outubro passado um pacto segundo o qual concordavam com a realização de eleições livres e com observadores internacionais na Venezuela. A ditadura, no entanto, vem perseguindo líderes opositores e dificultando o acesso de rivais ao processo.

Aliados próximos de María Corina Machado —que venceu com folga as primárias da oposição mas está inabilitada a assumir cargos públicos por 15 anos— foram presos. A escolhida para substituí-la foi Corina Yoris, acadêmica que também não conseguiu inscrever sua candidatura. A oposição tem até o próximo sábado (20) para trocar o candidato inscrito, Edmundo Gonzalez, que não é nome consensuado pelo grupo.

Foi após o problema com a candidatura de Yoris que Lula mudou de tom com relação ao regime Maduro, antes blindado de críticas pelo governo brasileiro. Em nota, o Itamaraty disse que acompanhava "com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral" na Venezuela.

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