Empréstimo de idoso morto em banco no Rio era consignado e seria pago em 84 parcelas de R$ 423,50

O empréstimo de R$ 17 mil contratado no nome de Paulo Roberto Braga, 68, era do tipo consignado, e seria descontado de um benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ao longo de sete anos.

Paulo foi levado por Erika de Souza Vieira Nunes, 43, a uma agência bancária na zona oeste do Rio na terça (16) para sacar o dinheiro desse empréstimo. No momento de confirmar essa operação, porém, funcionários desconfiaram da situação e chamaram o Samu —que confirmou que o idoso estava morto.

A mulher, que é parente do idoso, foi presa em flagrante por fraude e vilipêndio de cadáver (quando alguém manipula de maneira desrespeitosa um corpo). A polícia ainda investiga em que momento exatamente ele morreu.

A 💥️Folha teve acesso ao documento que detalha o empréstimo, a CCB (Cédula de Crédito Bancário). O documento aponta que o valor total contratado foi de R$ 17.975,38, a ser pago em 84 parcelas de R$ 423,50. Ao fim, portanto, Paulo pagaria R$ 35.574, ou 198% do valor inicial.

O idoso recebia um salário mínimo pelo INSS, atualmente no valor de R$ 1.492.

A CCB é um título de crédito, que mostra quem emprestou o dinheiro e quem vai pagar por ele. Neste caso, a responsável pela transação era a empresa Michele Correspondente Bancário Ltda. O documento também apontava que cabia ao Itaú intermediar a operação. Por isso, o caso aconteceu em uma agência do banco.

Procurado, o Itaú disse que não iria comentar o caso devido ao sigilo bancário. A reportagem ligou para o telefone da Michele Correspondente Bancário, mas ninguém atendeu.

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