Investimento brutal em artes na Arábia Saudita revela encruzilhada para setor local

Dizem que Alula é amaldiçoada, mas os hóspedes dos hotéis de luxo de lá parecem não ligar. A cidade-oásis fica na Arábia Saudita, a 300 km de Medina, que é considerada um dos berços do islamismo.

A história que se conta é que o povo que lá habitava não deu muita bola para Salé, um profeta de um deus só. A partir de então, ficou recomendado aos muçulmanos que não entrassem naquela cidade.

Em abril de 2023, o governo anunciou um megaplano de investimento, com a promessa de chegar aos US$ 15 bilhões, cerca de R$ 78 bilhões, para transformar a cidade em um polo cultural e destino de turismo de luxo. Tanto dinheiro tem representado muitas oportunidades a artistas nacionais e até atraído estrangeiros.

Em Alula, já se praticou muitas fés e já se falou muitas línguas. Hoje, é possível ouvir até português por lá.

O curador brasileiro Marcello Dantas explica o momento pelo qual passa o setor cultural local. "A Arábia Saudita, vendo os movimentos no Catar e Emirados, a expansão do protagonismo do Oriente Médio, decidiu encampar a ideia de fazer um grande programa de arte contemporânea. Escolheu AlUla para ser esse destino."

O brasileiro é um dos curadores do DesertX, que em 2024 tem sua segunda edição em AlUla, num local chamado Wadi AlFann, que quer dizer "vale das artes", no meio do deserto. Ele explica que é uma exposição de arte contemporânea a céu aberto, uma espécie de Inhotim no deserto com dimensões bem mais superlativas. "Inhotim vai parecer pequeno", diz.

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