Médicos sem Fronteiras denuncia falta de tratamento para migrantes com doenças crônicas

Os migrantes com doenças crônicas, como diabetes ou HIV, sofrem de graves complicações em sua jornada rumo aos Estados Unidos pela falta de medicamentos, que inclusive são confiscados pelas próprias autoridades, denunciou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) nesta quinta-feira (18).

"Os pacientes que sofrem destas patologias têm dificuldade para encontrar atendimento, acompanhamento e tratamento" nos países por onde passam, informou a organização em um relatório no qual detalha as condições de saúde que os migrantes enfrentam ao passarem por América Central e México.

A MSF acrescentou que 10% das consultas médicas realizadas por seu pessoal em 2023 foram de doenças que requerem tratamento contínuo, como hipertensão, diabetes, asma, epilepsia e tuberculose.

Somam-se a essas enfermidades os males à saúde causados pelas longas travessias dos migrantes, muitas vezes feitas a pé, como problemas respiratórios, estomacais, cutâneos ou músculo-esqueléticos.
É o que atesta Moisés Rojas, um venezuelano de 58 anos que sofreu uma distensão na perna após a longa travessia iniciada em seu país.

"Tenho distensão na perna direita, provocada pela travessia da selva [do Darién], são uns oito países [...] Eu não teria cruzado todos estes países [senão] porque a situação no nosso país está muito crítica", disse Rojas à AFP nesta quinta-feira (18), na fronteiriça Ciudad Juárez, em meio à insistência de agentes migratórios mexicanos de transferi-lo para um abrigo para receber atendimento médico.

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