No lusco-fusco cansativo do mundo, a teologia pode ser uma forma de repouso

Afinal, quem é Deus? Moisés, na famosa passagem da sarça ardente no Sinal —livro do "Êxodo"–, em que Deus o manda libertar os hebreus da escravidão no Egito e levá-los até o monte Sinai para receberem os mandamentos divinos, pergunta num dado momento: "E se me perguntarem quem me mandou, o que eu respondo? Qual o seu nome? Quem é você?". Evidente que faço aqui uma versão simplificada do texto bíblico.

Essa passagem é conhecida na tradição cristã como teologia do Êxodo, a teologia em que Deus se dá a conhecer a Moisés, revela "um pouco" quem Ele é, e se vincula à ideia de libertação da escravidão.

A versão grega da Bíblia hebraica, conhecida como Septuaginta ("LXX", em latim), teria sido uma versão grega de livros do Antigo Testamento ou Bíblia hebraica feita por cerca de setenta —daí LXX, setenta em latim– judeus gregos, nos três últimos séculos da era antes de Cristo.

Nesta versão, Deus teria respondido à pergunta de Moisés algo como "Eu sou quem eu sou". Dessa ideia surgirá a concepção de que Deus seria aquele que é, ou seja, aquele que carrega seu ser em si mesmo.

À diferença do restante dos seres existentes, Deus seria o único que é "causa sui", ou seja, que é causa de si mesmo. Os demais seres são causados por Ele. Deus seria —conversando um pouco com Aristóteles, que nada sabia da Bíblia hebraica– o incausado que tudo causa, o incondicionado que tudo condiciona, o imóvel que tudo move.

O que você está lendo é [No lusco-fusco cansativo do mundo, a teologia pode ser uma forma de repouso].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...