Lula faz campanha para Boulos no 1º de Maio, fala em guerra e enfrenta acusação de infração eleitoral

O presidente Lula (PT) fez campanha para Guilherme Boulos (PSOL) no palanque do evento de 1º de Maio, classificou a eleição deste ano em São Paulo como "uma verdadeira guerra" e pediu para que seus eleitores votem no deputado na disputa para a Prefeitura de São Paulo.

Lula também disse que o governo não se esforçou o suficiente para atrair os trabalhadores para o ato desta quarta (1º), mas tentou contornar o número reduzido de presentes: "Eu estou acostumado a falar com mil, com 1 milhão, mas também, se for necessário, eu falo com uma senhora maravilhosa que está ali na minha frente".

O presidente e Boulos dividiram palco no evento, convocado pelas centrais sindicais em comemoração ao Dia do Trabalhador, e a declaração do mandatário foi vista por especialistas como indício de infração eleitoral por campanha antecipada.

"Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018… 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo."

A legislação eleitoral impõe restrições à propaganda na chamada pré-campanha e proíbe pedido de voto. Advogados consultados pela 💥️Folha afirmaram ver indícios de ilícito eleitoral na fala de Lula, que ficaria sujeito a multa de R$ 5.000 a R$ 25 mil.

A propaganda eleitoral será permitida somente após o dia 16 de agosto, quando as candidaturas já estiverem registradas na Justiça Eleitoral.

A pré-campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos, informou que entrará com ação contra Lula e Boulos por causa do episódio. O Novo, da pré-candidata Marina Helena, também anunciou ação na Justiça Eleitoral ainda nesta quarta. O deputado federal Kim Kataguiri, que se apresenta como pré-candidato pela União Brasil, disse que irá à Justiça.

O pedido de voto nesta fase, seguindo especialistas, é proibido tanto para o próprio pré-candidato quanto para apoiadores, o que seria o caso de Lula. O presidente fez as declarações ao lado de Boulos no palco do evento. O uso da máquina pública em benefício do pré-candidato também poderá ser investigado, além de eventual abuso de poder político.

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