Concurso Nacional Unificado: veja 5 dicas de como se preparar na reta final para a prova

A exatos cinco dias do CNU (Concurso Nacional Unificado), os 2,1 milhões de aspirantes a servidores públicos vivem uma reta final de dar nos nervos.

O domingo (5) será a primeira aplicação do que já vem sendo chamado de maior concurso do país, cujo ineditismo promete nivelar "concurseiros profissionais" a candidatos de primeira viagem.

A seleção guarda 6.640 vagas em 21 órgãos ligados ao governo federal e será aplicada em 228 municípios, de todos os estados do país.

Mas, ainda que seja novo no circuito de seleções, o apelidado "Enem dos Concursos" não exige preparações mirabolantes dos candidatos nos dias que antecedem o exame. A Folha reuniu cinco dicas de especialistas de como se preparar para a reta final do CNU. Veja abaixo:

IR PARA

REVISE O QUE JÁ SABE, DEIXE DE LADO O QUE NÃO SABE

Os últimos dias antes do CNU não devem ser ocupados com tópicos que o candidato não domina ou não conseguiu estudar. Pelo contrário: é mais prudente fixar o conteúdo já estudado do que tentar encaixar mais um assunto –e sentir ainda mais ansiedade no processo.

"Como o conteúdo programático é muito extenso, a grande maioria dos candidatos não conseguiu estudar todo o edital, e, nesse momento, tentar estudar um conteúdo novo pode gerar mais estresse", afirma Bruno Bezerra, especialista em concursos públicos do Estratégia Educacional e auditor fiscal da Receita Federal.

"Por isso, vale revisar os assuntos já vistos, sobretudo os que foram estudados no começo da preparação, lá na época de publicação do edital. Se não são revisados, são esquecidos. É muito comum que o candidato chegue na hora da prova, perceba que estudou o conteúdo da questão e não lembre os detalhes para acertar."

Aposte em materiais enxutos, próprios para revisão, e não volt a vídeoaulas longas ou apostilas com muitos detalhes.

Vale também resolver questões de provas elaboradas pela mesma banca organizadora –no caso, a Fundação Cesgranrio– e analisar o gabarito. "Se errou, por que errou? Se acertou, foi ‘no chute’ ou por que sabia? Quando olhamos o gabarito, aprendemos com a resposta", diz Ceres Rabelo, mestre em direito e especialista em cursos preparatórios para concursos.

Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

CRIE UMA ESTRATÉGIA DE PROVA

O tempo para resolução das provas é curto. Em 2h30, pela manhã, os candidatos de nível superior (blocos 1 a 7) terão que resolver 20 questões objetivas de múltipla escolha de conhecimentos gerais e uma pergunta dissertativa de conhecimento específico. Os de nível médio, 20 questões de múltipla escolha de conhecimentos gerais e uma redação.

À tarde, as provas terão 3h30 de duração. Para candidatos de nível superior, serão 50 perguntas de múltipla escolha de conhecimentos específicos; para nível médio, 40.

"É comum que a banca coloque questões que chamamos de ‘distratoras’, colocadas para distrair o candidato. Elas normalmente levam muito tempo para ler e para resolver, e quem se dedica a elas pode correr risco de não conseguir terminar a prova a tempo", diz Bezerra, que cita casos em que candidatos tiveram que chutar questões que não eram difíceis e perderam a vaga por pouco.

A dica é criar uma estratégia de gerenciamento de tempo. Ele recomenda, por exemplo, que o concorrente comece a prova pelos assuntos que mais domina, "para ganhar confiança", e deixar as questões com grandes textos de interpretação para o final.

Vale pensar em divisão de tempo. "Sugerimos, por exemplo, 1h30 para a redação, 50 minutos para a prova objetiva e dez minutos para anotar o gabarito", diz, pensando nos candidatos de nível médio.

Leia mais

DE OLHO NO PSICOLÓGICO

Na reta final, é provável que sentimentos de ansiedade e nervosismo tomem conta do candidato. Mas, assim como acontece com os vestibulares, o psicológico é um fator de peso no "Enem dos Concursos".

Para reduzir a autocobrança, Bezerra recomenda evitar a mentalidade "essa é a prova da minha vida".

"Essa pressão autoimposta só vai potencializar o estresse de um momento já estressante, e o candidato corre o risco de jogar todos os meses de preparação pela janela. Vá com a mentalidade de que você fez o que estava ao seu alcance e deu seu melhor."

E se achar que não foi bem na prova da manhã, não deixe de ir para a parte à tarde. "Às vezes tem uma virada de jogo, nunca se sabe", diz ele.

No campo prático, Ceres Rabelo recomenda atividades físicas leves com alto potencial desestressante, como caminhadas, yoga, pilates e natação. "Mas só até o início da noite, para não atrasar o sono", diz. Meditação e mindfullness também são práticas bem-vindas para controle de ansiedade.

CUIDADO COM A VÉSPERA

Se preferir estudar nas horas imediatamente anteriores à prova, o candidato deve tomar cuidado para "não esticar" muito, recomenda Bezerra.

A dica é revisar os últimos detalhes e assuntos "decoreba", como fórmulas matemáticas e alguma legislação específica do bloco escolhido. Mas não se estenda demais: deixe o período da noite para descansar a mente e relaxar.

"Também vale acordar cedo no sábado para ficar mais sonolento no final do dia. Muitos concurseiros ficam com insônia na véspera, e ter uma boa noite de sono é essencial, já que as provas são longas e muito complexas."

Rabelo ainda recomenda evitar consumo de bebidas alcoólicas e comidas que fogem do cardápio tradicional do candidato.

"Na véspera, é essencial equilíbrio e tranquilidade. Descanse bem, física e mentalmente, e tenha clareza de que você já fez o que podia,"

O que você está lendo é [Concurso Nacional Unificado: veja 5 dicas de como se preparar na reta final para a prova].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...