Não sobrou nada, diz ilhada resgatada no Rio Grande do Sul

Uma operação de guerra foi montada perto da Usina do Gasômetro, na orla do rio Guaíba, em Porto Alegre. Tendas separavam áreas de recém-resgatados e roupas para doações. Ao chegar, os quem estava ilhado passava por triagem, recebia alimento e era encaminhado para um destino.

Os olhares atônitos misturavam-se com choro e até tranquilidade de alguns que pareciam ainda não entender o que estava acontecendo, mesmo após seis dias de enchentes no Rio Grande do Sul, em uma das piores enchentes que atingiram o estado. Já são 83 mortes confirmadas desde a semana passada em decorrência das fortes chuvas, segundo último boletim.

O governo federal reconheceu neste domingo (5) estado de calamidade pública em 336 municípios gaúchos. O status de estado de calamidade permite a transferência facilitada, em caráter emergencial, de recursos federais para atender necessidades de localidades golpeadas por desastres.

Em viagem ao Rio Grande do Sul pela segunda vez em uma semana, o presidente Lula prometeu neste domingo, após sobrevoo de áreas afetadas, a criação de um "plano de prevenção de acidente climático".

Na tenda, voluntários apoiavam pessoas que saíam dos barcos. A maioria não apresentava feridas físicas, mas caminhava lentamente até a primeira renda, mais próxima da água, onde recebiam café e um lanche.

Cachorros também chegavam no resgate e passam por triagem antes de voltar para os tutores. Havia quem chegasse e perguntava, chorando, pelo seu pet, que não veio junto.

A maioria dos resgatados nesta segunda-feira (6) vinham de Eldorado do Sul. Todos os bairros do município foram atingidos pelas águas. No grupo estava o motorista Vitor Santos de Lima, 44.

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