Tarcísio empossa Valéria Bolsonaro e exalta mulheres em primeiro escalão 75% masculino

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), empossou nesta segunda-feira (6) duas mulheres em seu secretariado e exaltou a elevação de um nome feminino no primeiro escalão do Executivo —que tem a presença de homens no comando de 75% das pastas.

"O secretariado cada vez mais feminino, né?", disse Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona oeste), durante cerimônia de posse das secretárias estaduais Valéria Bolsonaro (Políticas para a Mulher) e Andrezza Rosalém (Desenvolvimento Social). "Aos poucos, expulsando os homens e trazendo as mulheres", completou, em tom de brincadeira.

Com as novas integrantes, a gestão passou a ter 21 homens e 7 mulheres no primeiro escalão —antes havia 22 homens e 6 mulheres. Além das duas que tomaram posse, há Marilia Marton (Cultura), Natália Resende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), Helena Reis (Esporte), Lais Vita (Comunicação) e Inês Coimbra (Procuradoria-Geral do Estado).

Essa conta inclui pastas extraordinárias e postos como Casa Militar e CGE (Controladoria-Geral do Estado).

No evento, Tarcísio também citou outros postos para os quais nomeou mulheres, como listas de desembargadores e a Defensoria Pública. "E por quê? Competência, só isso."

As duas novas secretárias têm perfis bastante diferentes. Enquanto Rosalém é uma técnica, Valéria tem um perfil político e com ideias próximas do chamado bolsonarismo raiz.

A deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL) assumiu a pasta no lugar de outra mulher, Sonaira Fernandes (Republicanos), que deixou o cargo e reassumiu sua vaga na Câmara Municipal de São Paulo com o objetivo de concorrer à reeleição.

A nomeação de Valéria deve manter o alinhamento ideológico ao bolsonarismo em uma secretaria cujas questões têm sido centrais para a direita. Ela adotou o sobrenome Bolsonaro ao se casar com um parente distante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Questionada pela imprensa sobre o orçamento da secretaria, Valéria desconversou. "Olha, nós estamos tomando pé e, como vocês devem ter ouvido o governador, a secretaria tem um papel transversal. Então a gente gastar o dinheiro das outras secretarias será uma bênção", disse.

A pasta tem uma verba quase simbólica. Para 2024, o valor aprovado na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) era de apenas R$ 24 milhões. Desse total, segundo o site do governo, apenas R$ 1 milhão foi empenhado até o momento.

A reportagem tentou fazer mais perguntas à secretária, mas foi impedida pela assessoria dela.

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