Buracos negros “arrotam” restos de estrelas anos depois de as devorarem e não se sabe bem porqu&a

Uma nova descoberta confunde os astrónomos, pois não se enquadra no que se sabe até agora sobre o que acontece quando um buraco negro engole uma estrela. Buracos negros “arrotam” restos de estrelas anos depois de as devorarem e não se sabe bem porquê ESO/M. Kornmesser

Um novo estudo dá conta de que 💥️muitos buracos negros que devoram estrelas acabam por “arrotar” os restos estelares anos depois. A descoberta foi feita a partir da observação prolongada de buracos negros onde acontecem 💥️eventos de perturbação de maré, TDE na sigla em inglês.

Um TDE ocorre quando as estrelas se aventuram demasiado perto dos buracos negros. Nessa altura, 💥️a imensa gravidade dos buracos negros exerce forças sobre as estrelas, esticando-as e comprimindo-as num processo denominado💥️ esparguetificação. As estrelas acabam desfeitas em questão de horas, resultando num poderoso flash de radiação eletromagnética na luz visível.

Quando uma estrela é destruída por um buraco negro, parte do material estelar é expulso, enquanto o resto 💥️forma um disco de acreção - uma estrutura fina, semelhante a um frisbee, em torno do buraco negro. Este disco de acreção 💥️devolve gradualmente o material ao buraco negro. Nos estágios iniciais, o disco é instável, fazendo com que a matéria se mova e colida, resultando em fluxos detetáveis de ondas de rádio.

Investigadores assistem a uma forma nunca antes vista de uma estrela morrer

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Essa emissão pode ser descrita como uma espécie de “arroto”, ocorrendo após um atraso significativo, com o material do disco de acreção libertado muito mais tarde do que seria suposto, explica 💥️Yvette Cendes, do Harvard and Smithsonian Center for Astrophysics, 💥️autora principal do estudo, citada pela Business Insider.

A análise descobriu que 10 dos 23 buracos negros analisados emitiram este material entre dois e seis anos após o TDE. 💥️A causa deste “arroto” atrasado ainda é desconhecida, mas é pouco provável que tenha origem no interior dos próprios buracos negros, entre outras hipóteses descartadas pelos investigadores.

As descobertas sugerem também que é necessário 💥️atualizar os modelos computacionais que simulam TDE, de modo a que passem a ter em conta o comportamento inesperado dos buracos negros. De acordo com os resultados do estudo, os buracos negros emitiram ondas de rádio que atingiram o pico, desapareceram e depois atingiram novamente o pico, 💥️um fenómeno até agora desconhecido.

“O nosso melhor palpite é que ‘tudo o que assumimos sobre a formação de discos de acreção em TDE está errado’”, publicou 💥️Yvette Cendes no X.

"E se o flash óptico não for um disco a formar-se, mas fluxos de material a interagirem, e o disco só se formar anos depois? 💥️Não conhecemos todos os detalhes, mas definitivamente é possível", defende.

A serem confirmadas pela comunidade científica, as novas descobertas sugerem - definitivamente - que os astrónomos terão de 💥️repensar a relação entre estrelas e buracos negros.

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