Sexo das brasileiras: metade diz não estar satisfeita. Como resolver?

Mariana Gonzalez

Colaboração para Universa, de São Paulo

Camila diz que, no consultório, ouve queixas relacionadas a dores na penetração e a problemas relacionados à menopausa, como secura vaginal e falta de libido. Mas, muitas vezes, as brasileiras não pedem ajuda a profissionais, quem dirá se abrir com o parceiro.

"Em alguns momentos da vida, elas aceitaram um sexo péssimo dos companheiros, rápido e sem preocupação com o que importa mais para ela -conexão, carícias, intimidade", diz a especialista, referindo-se às mulheres heterossexuais. "Em geral, elas também não comunicam os parceiros sobre o que as faz sentir prazer. O famoso 'lambe aqui, mais pra cima, mais para baixo'".

Outros dados da pesquisa corroboram para a percepção de Camila: quando lidam com uma situação desconfortável durante o sexo, mais de um terço das mulheres não fala na hora. Dessa parcela, de 35%, 21% fala depois, em outro momento, mas 14% ignora o desconforto ou fica calada.

É importante, portanto, que os homens se mostrem abertos para a conversa, perguntem e se importem realmente com o bem-estar sexual da parceira, e não esperem apenas que elas os procurem para falar sobre algum problema.

Mayumi Sato, diretora de marketing da E-sapiens, que comanda o Sexlog, maior plataforma de sexo liberal do Brasil, acredita que há ainda um segundo fator que se soma à falta de comunicação: "Ao tentar agradar, muitas vezes deixamos de olhar para as nossas próprias vontades."

Por isso, embora entendam a importância de falar de sexo e se sintam seguras e confortáveis para abordar o assunto com seus companheiros, elas não necessariamente conseguem deixar claras suas necessidades ou se fazer ser ouvidas.

"Mas sou otimista. As novas gerações estão não só conversando mais sobre o tema, mas expondo mais expondo suas insatisfações, negociando suas demandas", acredita Mayumi.

A pesquisa "Prazeres Universa + Tech4sex" entrevistou 1.000 mulheres com mais de 18 anos de todas as regiões do Brasil, variados níveis escolares e diferentes orientações sexuais, raças e contextos familiares entre os dias 26 de maio e 1º de junho de 2023.

Universa Talks tem patrocínio de Buscofem, Allegra, Eudora, Gino-Canesten e Intimus.

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